Cerca de 80 estudantes da Universidade Estadual de Maringá (UEM) realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira (17) para pedir a renovação da frota de ônibus da instituição. Os alunos estudam Geografia e dependem dos veículos para as saídas de campo que estão previstas na grade curricular e no projeto pedagógico do curso. Eles dizem que a universidade tem poucos ônibus e todos em mau estado de conservação. A UEM responde que possui uma oficina que realiza os reparos necessários e já tem um plano para renovar a frota.
Depois de uma caminhada em marcha pelo interior da universidade, os acadêmicos foram recebidos pelo reitor, Décio Sperandio, que revelou um projeto para comprar, no prazo de um ano, entre dois e quatro novos ônibus, com financiamento do programa Universidade Sem Fronteiras, do governo estadual. A instituição tem atualmente cinco veículos em condições de uso, sendo dois doados pela Receita Federal e um exclusivo para uso interno. Também realizam saídas de campo regulares os cursos de Agronomia, Biologia e Zootecnia.
"Esses ônibus foram doados pela Receita Federal e não aguentam andar em chão de terra. Queremos ônibus que atendam as nossas necessidades", disse o acadêmico Gabriel Mendoza, presidente do Centro Acadêmico da Geografia da UEM.
O reitor também garantiu que vai criar uma comissão no Conselho Administrativo da universidade para elaborar um projeto que financie as diárias gastas durantes as visitas externas, atualmente pagas pelos alunos. "Quem não tem condições de viajar acaba prejudicando a própria formação, porque não pode participar desses eventos", diz Mendoza.
Sperandio assegurou ainda que não haverá terceirização do sistema de transporte da universidade, possibilidade temida pelos estudantes. "Nós contratamos, por licitação, uma empresa que realiza o transporte dos alunos quando nossos ônibus estragam. Mas é algo emergencial e que em breve vai terminar", disse o reitor.
Deixe sua opinião