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Maringá

Ex-funcionários da Maringá Lixo Zero protestam diante ao Fórum

Cerca de R$ 300 mil em salários atrasados ainda não foram liberados porque nomes de pessoas que já teriam se desligado da empresa apareceram na lista de pagamento determinada pela Justiça

Pelo menos 20 ex-funcionários da Maringá Lixo Zero (Biopuster) se reuniram em frente ao Fórum de Maringá, nesta terça-feira (21), para exigir os salários atrasados e direitos trabalhistas como férias, 13.º salário e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) proporcionais ao período trabalhado. Aproximadamente 120 funcionários da empresa, que tratava do lixo da cidade, foram demitidos no dia 25 de junho. Depois de quase um mês da demissão, o dinheiro referente ao pagamento estaria bloqueado judicialmente e ainda não foi liberado.

De acordo com a ex-funcionária Paula Nunes, o valor de aproximadamente 300 R$ mil deveria ter sido liberado para os trabalhadores na sexta-feira (17), mas a entidade que representa os trabalhadores, o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Maringá (Siemaco), denunciou a existência de nomes na lista de pagamento dos atrasados que já haviam se desligado da empresa.

Com a denúncia do sindicato, a Justiça bloqueou o dinheiro. A decisão do sindicato irritou os trabalhadores que tinham dinheiro a receber e não puderam pegar os valores devidos. "Houve bate-boca e o sindicato ameaçou abandonar a causa", disse Paula. "O último salário que recebemos foi no dia 9 de junho. Temos crianças passando fome e precisando de remédios. Assim não dá para ficar."

O Conselho Tutelar de Maringá se dispôs a ajudar as crianças das mães desempregadas e deve colaborar na distribuição de cestas básicas. No último dia 30, os trabalhadores já haviam feito um protesto em frente a sede da empresa de tratamento de lixo para pedir o pagamento da dívida trabalhista.

Os funcionários se desligaram da empresa no último dia 25, depois que venceu o contrato entre a Prefeitura e a Maringá Lixo Zero, que durante seis meses fez o tratamento do lixo no município usando a tecnologia Biopuster. Sem receber os pagamentos, ações judiciais foram movidas pelo sindicato por meio do advogado Cleverson Tomazoni Michel para que os funcionários recebecem os atrasados. Michel e o sindicato foram procurados pela reportagem, mas não atenderam às ligações.

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