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O treino do Grêmio de Esportes Maringá (GEM), marcado para a tarde desta segunda-feira (9), foi suspenso pela direção do clube a pedido dos jogadores que quiseram acompanhar o enterro do motorista do ônibus, morto no acidente deste domingo (8), em Mamborê. O sepultamento de Osmario Osmundo de Souza, 64 anos, estava previsto para 16h, no Cemitério Municipal de Sarandi.

Souza trazia os atletas de Pato Branco, onde haviam disputado partida válida pelo Campeonato Paranaense de Futebol Sub-20. Na manhã de domingo (8), enquanto todos os jogadores dormiam, um caminhão guincho invadiu a pista contrária e bateu de frente com o ônibus da equipe, matando os dois motoristas.

Segundo assessoria de imprensa do GEM, os jogadores ainda estão muito abalados e pediram para não treinar nesta segunda. O clube também vai pedir à Federação Paranaense de Futebol (FPF) que o próximo jogo, previsto para o próximo sábado (14), no Estádio Waldemar Nunes Bravin, distrito de Floriano, seja adiado. Falta apenas que o médico emita um laudo com o estado de saúde dos atletas para que o ofício seja enviado a Curitiba.

"Dos sete jogadores feridos, seis já receberam alta, mas todos estão muito assustados com tudo o que aconteceu", comentou Aurélio Almeida, presidente do time. "Eles talvez nem consigam voltar a treinar na terça-feira (10), por conta das dores que ainda sentem no corpo."

Entre todos os jogadores feridos, o caso mais grave é o do capitão, Bruno Lago, que aguarda o rosto desinchar, para fazer uma cirurgia de reconstituição da arcada dentária. Entre os sete feridos também está o filho do John Alves Correa,Iago Hoffman, que joga na posição de lateral direito. Apenas os jogadores que não se machucaram e que não foram para Pato Branco, de onde voltavam quando o acidente aconteceu, deverão voltar aos treinos na terça-feira (10).

O acidente

A equipe do GEM retornava de Pato Branco após disputar uma partida válida para o Paranaense Sub-20, quando se envolveram no acidente. Segundo o meia Rafael Lucaszinski Campos, 19 anos, os jogadores e a comissão técnica saíram de Pato Branco por volta das 19h30 do último sábado (7), dormiram em um hotel em Cascavel e às 4h de domingo (8), seguiram viagem rumo a Maringá. "O motorista optou em dormir em Cascavel, pois a equipe estava muito cansada", contou.

Próximo a Mamborê, o motorista teria parado em um posto de combustível para abastecer e seguiu viagem, quando ocorreu o acidente. "Só escutei a freada e senti uma pancada violenta. Tudo o que tinha no interior do ônibus foi parar próximo ao motorista", relatou Campos, que teve ferimentos no rosto, por conta dos cacos de vidros. "Assim que o ônibus parou na plantação, foi um pavor. Tentamos tranqüilizar quem estava ferido e ajudar os colegas a sair do ônibus. Ficamos com medo de tudo explodir".

Campos disse acreditar que os dois motoristas estavam em alta velocidade. "O ônibus passou por cima do caminhão, tanto que o motorista do guincho ficou preso embaixo do ônibus." O policial do posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Ubiratã, Vanderlei Bonfim, acredita que o motorista do guincho, Aldomer Lazzaris, 29 anos, dormiu ao volante ou tentou fazer uma ultrapassagem e não conseguiu voltar na sua pista. "Ele invadiu a pista contraria atingindo o coletivo [da delegação do GEM]", afirmou.

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