Transplante de rim aumenta no Paraná
O Paraná registrou aumento de 88% no número de transplantes de rim no primeiro semestre deste ano quando comparado ao mesmo período do ano passado. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o rim foi o órgão que registrou o maior aumento no estado.
A Central Estadual de Transplantes atribuiu o aumento à melhoria na captação e transportes dos órgãos e ao trabalho das Comissões de Procura de Órgãos e Tecidos para Transplantes. Outros fatores apontados são as campanhas de doação de órgãos e o uso de aeronaves na captação e transporte. Atualmente, são 54 serviços credenciados no Paraná para a realização de transplantes de órgãos e tecidos.
Ao todo, são 13 centros transplantadores de rins no estado. "Cada hospital monitora os casos e faz contato com a nossa comissão.", explicou a coordenadora da central na região Noroeste, Cláudia Escame.
Uma situação inusitada despertou a atenção da mídia nacional em Maringá. Os irmãos gêmeos Fábio e Fabiano Gomes da Silva, de 35 anos, foram diagnosticados com problemas renais, precisando urgentemente de transplante de rins. No entanto, a difícil tarefa de procurar doadores compatíveis terminou de forma rápida. A solução foi encontrada dentro da família. Os órgãos serão doados pelas irmãs mais velhas, que também são gêmeas.
Segundo Fábio, o problema foi diagnosticado há cerca de um ano. Os dois sofrem de insuficiência renal crônica, uma doença que paralisa o órgão e que já comprometeu cerca de 85% dos rins de ambos. Diante do susto, as irmãs Luciane da Silva de São José e Silvana da Silva Minatel, de 42 anos, se propuseram a doar.
"Primeira coisa que pensei é que queria ajudar. Se for a minha missão, que seja perfeita. Quero dar uma chance de vida para o meu irmão", contou Luciane, em entrevista para a RPC TV Maringá.
Para escolher quem doaria para quem, a família lembrou de uma brincadeiras da infância. "Quando minhas irmãs brincavam de casinha, a Silvana cuidava de mim e a Luciane cuidava do Fabiano", conta Fábio, que deve passar pelo procedimento cirúrgico no próximo dia 20 no Hospital Santa Casa de Maringá. O transplante de Fabiano ainda não tem data definida porque ele ainda precisa passar por alguns exames.
Enquanto aguardam as cirurgias, os irmãos (que foram orientados a não fazer hemodiálise) seguem uma alimentação regulada, com proteínas e potássio sendo ingeridos em pouca quantidade. "Começamos a fazer regime conservatório. Emagreci mais de 10 quilos", conta Fábio.
A reportagem tentou conversar com o médico nefrologista Paulo Roberto Aranha Torres, responsável técnico do Serviço de Diálise e Transplante Renal do Hospital Santa Casa, mas ele não foi localizado para comentar sobre o procedimento que será feito com os irmãos.
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