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A comercialização de laranjas no Noroeste do Paraná foi prejudicada por causa da greve de quatro dias dos fiscais sanitários da Secretária de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) na semana passada. No total, R$ 1,6 milhão deixou de ser movimentado, pois a fruta cítrica não pode ser enviada para compradores de outros estados e também do Paraná pela falta da emissão da Permissão de Trânsito de Vegetais (PVT).

Para cada caminhão carregado com a fruta, é necessária uma PVT. Em média, cada caminhão sai com 400 caixas da fruta, cada uma custando R$ 16. Segundo levantamento feito pela Seab, cerca de 70 permissões deixaram de ser emitidas somente em Maringá e região. O mesmo aconteceu em Paranavaí e Umuarama, onde 150 e 30 documentos não foram entregues, respectivamente.

"Com a paralisação, os produtores e comerciantes tiveram de adiar a venda do produto. O volume que ficou parado poderá ser comercializado agora, com o retorno ao trabalho nas unidades estaduais da Seab", disse José Croce Filho, responsável pelos vegetais no núcleo da secretaria em Maringá.

A greve acabou na última sexta-feira (11). Os trabalhadores cruzaram os braços de 7 a 10 de novembro. Durante o movimento, eles reduziram em 75% dos serviços prestados – como a emissão de comprovantes de vacinação de gado contra a febre aftosa. A principal reivindicação era a da transferência dos fiscais para a nova Agência de Defesa Sanitária (Adapar).

Segundo Daniela Galvão, uma das representantes da comissão de greve em Maringá, os servidores deram um voto de confiança ao governo, já que este se comprometeu a estudar sobre a constitucionalidade da transferência dos funcionários da Seab para a Adapar e dar uma resposta até 5 de dezembro. "Nossa causa não é financeira. Nossa greve é responsável e não queremos causar prejuízo", afirma ela.

A decisão foi tomada em reunião realizada na Assembleia Legislativa do Paraná (ALP), na semana passada, entre os servidores, o presidente da Casa, Valdir Rossoni, alguns deputados estaduais e o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara.

A Seab temia que a greve atrapalhasse a meta do Paraná de se tornar área livre da febre aftosa por conta da falta de vacinação. A campanha de imunização contra a doença vai até dia 30 de novembro e, com a paralisação, a emissão do registro dos comprovantes de vacinação foi reduzida também em 75%. Outras atividades afetadas pela paralisação foram a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) e a regulamentação da permissão para trânsito de vegetais.

Até o final desta semana, Daniela diz acreditar que a as atividades já estarão normalizadas em Maringá e região. Além disso, ela disse que se o governo voltar a falar em inconstitucionalidade da transferência dos funcionários para a nova agência, os servidores poderão retomar a paralisação assim que o governo der uma resposta.

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