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| Foto: Acervo pessoal

Antes de morrer, Massayuki Seko deixou um pedacinho de sua memória em quase todos os continentes. Artista plástico reconhecido, ele vendeu ou doou alguns de seus quadros para o acervo de apaixonados pela arte na Finlândia, na França, na Bolívia, no Japão, nos Estados Unidos e, é claro, no Brasil. A

pesar disso, a filha mais velha, Bianca Cardoso Seko, 30 anos, conta que o pai tinha alguma dificuldade para se desfazer da própria obra. "Depois de pronto, ele tinha receio de passar qualquer quadro para frente", comentou.

Seko nasceu em Cambará, no Paraná, no fim da década de 1930. Ele só começou a investir na carreira artística ao dar os primeiros traços, quase 40 anos depois, durante o período que viveu no Pará. "Pessoas que trabalhavam com meu pai em um projeto começaram a incentivá-lo a investir na carreira artística, porque enxergavam talento", revelou. Depois, ele se mudou para Maringá, constituiu família e realizou várias exposições, inclusive no Japão.

Bianca acrescentou que o pai foi convidado, várias vezes, para dar aulas de pintura. Entretanto, recusou sempre. O motivo é que, como era autodidata, ele acreditava que o estilo era único e, por isso, não podia ser ensinado. "O maior hobbie dele era praticar o seu estilo", disse a filha. "Ele se dedicava à própria obra a qualquer hora do dia, quando a inspiração aparecesse."

Deixa esposa e 3 filhos. Dia 30 de novembro, de insuficiência respiratória, aos 72 anos.

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