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A Polícia Civil concluiu nesta quarta-feira (8) o inquérito que investiga um homem acusado de abusar sexualmente de diversas crianças e adolescentes de Maringá. O inquérito identificou que o acusado abusou de nove meninas e pediu a prisão preventiva dele, que estaria ameaçando as vítimas para que elas não procurassem a polícia.

O acusado já está detido, em uma cela exclusiva da delegacia de Maringá, mas poderá ser solto na próxima segunda-feira (19). É quando termina o período da prisão temporária que ele cumpre. Para que isso não aconteça, é preciso que o pedido de prisão preventiva (esta sem prazo para terminar) seja aceito pelo juiz.

O número de vítimas, porém, pode ser maior que o diagnosticado, pois nem todas as suspeitas de terem sofrido abuso foram ouvidas - a equipe de investigação não conseguiu encontrar algumas delas. Havia uma estimativa de até 30 vítimas, baseada em anotações de três agendas encontradas na casa do suspeito.

Em 40 dias de investigação, 15 vítimas prestaram depoimento, nove das quais reconheceram o suspeito como responsável pelos abusos. "No meu entendimento, estão bem configurados esses nove crimes", diz o delegado Gustavo Pinho Alves, titular da Delegacia do Adolescente de Maringá e responsável pelo inquérito. São cinco casos de estupro (contra menores de 14 anos), dois casos de tentativa de estupro e outros dois de favorecimento de exploração sexual (contra maiores de 14 anos).

O delegado afirma que, além do reconhecimento das vítimas, há outros indícios fortes contra o acusado. "Ele não conseguiu explicar de maneira convincente por que as adolescentes tomavam banho na casa dele, e há testemunhas que comprovam que era grande o fluxo de meninas na casa dele."

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que deve oferecer denúncia criminal contra o homem.

Entenda o caso

A suspeita dos abusos foi levantada no início de março, depois que duas mães procuraram a Delegacia do Adolescente e relataram que as filhas, de 10 e 12 anos, mantiveram relações sexuais com o homem.

O delegado afirma que o homem vendia e comprava revistas usadas. No primeiro contato com as vítimas, ele pediria ajuda para separar o material, em troca de dinheiro. Assim que chegavam à residência dele, porém, as garotas seriam aliciadas, sendo estimuladas a tomar banho e a fazer sexo. Em troca, ele ofereceria dinheiro e doces, como refrigerante e sorvete.

Em depoimento à polícia, o acusado negou que tenha cometido os estupros. Confirmou apenas que convidava as meninas para o ajudassem no trabalho de separação das revistas e que algumas delas, de fato, tomaram banho em sua residência. Diz ainda que pagava pelo serviço e que oferecia sorvetes e refrigerantes, mas sem estuprá-las.

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