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A Justiça suspendeu, na tarde desta segunda-feira (27), o pedido de reintegração de posse que obrigava 42 famílias que invadiram um residencial popular no Jardim Atenas, em Maringá, a deixarem as residências nesta segunda. O juiz responsável pelo processo, Dr. Belchior Soares da Silva, da 6ª Vara Cível de Maringá, suspendeu a reintegração por tempo indeterminado.

Na quinta-feira (23), o advogado das famílias entrou com um pedido de prorrogação do cumprimento da reintegração por 30 dias. "Suspendi até que a Prefeitura se manifeste sobre uma saída negociada com as famílias. Eles pediram para sair de forma civilizada e sem policiamento. Eles querem uma saída negociada. Desta forma, está suspensa [a reintegração] por tempo indeterminada", disse o juiz Belchior Soares da Silva, em entrevista à Gazeta Maringá.

O residencial tem 42 moradias, que integram o programa habitacional do Governo Federal e seriam destinadas a famílias que estão na lista de espera da Secretaria de Habitação. A construtora responsável entregou as obras antes de finalizá-las, por problemas financeiros.

Antes que a Prefeitura contratasse outra empresa, as famílias invadiram as casas no início deste mês. Das 42 famílias identificadas, apenas seis estão cadastradas na lista de espera e, destas, quatro teriam direito a uma das 42 moradias.

"Temos aproximadamente 80 crianças e mulheres grávidas nestas casas. Não podemos deixar as residências desta forma. As famílias colocaram telhados nas casas e algumas colocaram até lona porque elas não estavam prontas. Vamos esperar a prefeitura se manifestar agora", disse o coordenador do Movimento dos Trabalhadores por Moradia, Cláudio Timossi.

O procurador jurídico do município, Luiz Carlos Manzato, disse à reportagem na tarde desta segunda-feira (27), que não vai se manifestar enquanto não falar com o juiz, autor da suspensão da reintegração de posse.

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