A licitação da duplicação de um trecho da PR-323, entre Maringá e Paiçandu, foi adiada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) nesta semana. O certame que seria realizado no último dia 20 foi adiado para 24 de abril. O motivo, segundo o DER, é o atraso de outras licitações de conservação e manutenção de estradas no Paraná.
"Nossa prioridade é a manutenção e conservação das rodovias paranaenses. Temos 10 mil quilômetros de rodovia para serem conservadas e as licitações atrasaram. Depois que fecharmos os processos para conservação, daremos continuidade aos trabalhos de aumento de capacidade, no qual entra a PR-323", disse o superintendente do DER no Noroeste, Osmar Lopes Ferreira.
As obras na PR-323 devem custar R$ 40 milhões e serão realizadas no trecho de quatro quilômetros entre Maringá e Paiçandu. Apesar da curta distância, o trecho é considerado um dos mais críticos da rodovia, chegando a receber cerca de 25 mil veículos por dia. Em 2011, segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), 40 pessoas morreram e 554 ficaram feridas em 904 acidentes na PR-323.
Não há previsão de duplicação de outros trechos
Conhecida como Corredor da Moda, por ligar cidades do polo de confecções do Noroeste, a PR-323 ganhou outro apelido: Rodovia da Morte. O trecho causa dezenas de vítimas em acidentes todos os anos, o que fez com lideranças de todas as cidades do percurso se unissem numa campanha pela duplicação do trecho.
Segundo o DER, já existe um estudo sobre a viabilidade de duplicação total da estrada, mas, por enquanto, não há previsão de abertura de licitação para obras de outros trechos. Junto com a BR-272, entre Maringá e Guaíra, a estrada é uma das principais rotas de sacoleiros que buscam o Paraguai para fazer compras, num fluxo diário de cerca de 40 mil veículos em 210 quilômetros.
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