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A greve dos servidores Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que tem caráter nacional e completa três semanas nesta quarta-feira (25), já comprometeu a emissão de cerca de mil carteiras de trabalho em Maringá e região. A estimativa é de Odilon Ferreira dos Santos, técnico responsável pela expedição do documento na gerência regional do MTE em Maringá. A gerência atende a 128 municípios do Noroeste, incluindo cidades-pólo, como Cianorte, Paranavaí, Campo Mourão e Umuarama. Em todo o Paraná, aproximadamente 20 mil documentos estão retidos.

A estimativa de Odilon é baseada na média de 60 carteiras expedidas por dia e se soma ao crescimento da procura nesta época do ano. "O volume de gente buscando a carteira aumenta por conta dos trabalhos temporários", explica Santos. Embora em alguns municípios, como Paranavaí e Campo Mourão, a carteira de trabalho esteja sendo solicitada junto a sindicatos - o que não ocorre em Maringá - a expedição do documento é centralizada no MTE e, portanto, seguirá suspensa em toda a região até o fim da greve.

A paralisação dos servidores também afetou a solicitação de seguro-desemprego, que agora pode ser feita somente na Agência do Trabalhador (em Maringá, na Rua Joubert de Carvalho, 675. Telefone 44 3269-6958). Isso sobrecarregou o órgão, que chegou a realizar um mutirão para dar conta do excesso de demanda.

A greve foi deflagrada no dia 5 deste mês e é feita somente por funcionários do setor administrativo, que representam aproximadamente metade do efetivo do MTE em Maringá. Há cerca de 20 auditores fiscais que seguem na ativa. De acordo com a assessoria de imprensa da Supe­rin­tendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PR), 20% do quadro de servidores do estado permanece trabalhando nas funções administrativas e de fiscalização

Negociações paradas

De acordo com representantes do comando de greve, as conversar com o Ministério do Planejamento – responsável pelas negociações com os servidores –, estão paralisadas, e não há previsão para a retomada dos trabalhos.

"A greve nasceu da palavra do ministro [do Trabalho], que não foi cumprida. Agora o governo tem colocado pessoal do quarto escalão para negociar; não consideramos isso um diálogo", diz o diretor do sindicato que representa os servidores da SRTE, Gilberto Félix da Silva Júnior.

Segundo ele, representantes do comando nacional viajam ainda nesta semana a Brasília para tentar uma negociação que ponha fim à greve. "Queremos forçar uma conversa com alguém que nos dê uma resposta efetiva", garante.

A principal reivindicação dos servidores é um plano de carreira, projeto que já teria sido enviado ao Ministério do Planejamento. Eles pedem também dois turnos de seis horas para manter a jornada de trabalho com 12 horas de atendimento, além de convocação dos aprovados no último concurso.

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