O município de Maringá está usando, de forma experimental, entulho de construção civil para revestir estradas. A experiência é desenvolvida, entre outros pontos, em uma estrada rural que fica entre o Contorno Sul e a divisa com Sarandi. Na quarta-feira (21), o prefeito Silvio Barros (PP) e o diretor regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Paulino Mexia, visitaram o trecho, que tem 400 metros e recebeu o entulho há duas semanas.
O secretário de Serviços Públicos, Vagner Mússio, também participou da vistoria, que terminou com saldo positivo. Conforme disse o secretário ao site da prefeitura, a estrada resistiu às chuvas fortes que caíram na última semana em Maringá, mostrando-se uma alternativa viável. Diagnosticou-se, contudo, que havia pedras excessivamente grandes.
O plano de Maringá é seguir o exemplo de Piracicaba, no interior de São Paulo, que, de com a prefeitura maringaense, utiliza uma combinação formada por concreto, terra e areia, chamada de ARM. Esse composto resistiria, em média, a três chuvas fortes e teria a vantagem de não gerar lama quando chove e tampouco poeira quando o tempo está seco.
O IAP apoio a iniciativa, mas faz exigências. Para usar entulho nas estradas de Maringá, é necessário elaborar um projeto técnico e obter autorização do instituto. Antes de ser colocado sobre as estradas, o entulho precisa passar por uma reciclagem. Além disso, a drenagem do trecho trabalhado e a aplicação de forma correta do material também devem ser consideradas. Quem não observar esses cuidados estará sujeito a autuação por crime ambiental.
Atualmente, Prefeitura, IAP e Força Verde estão formando uma força-tarefa para coibir o depósito de resíduos da construção e demolição em locais impróprios, o que pode ser facilitado com a possibilidade de aplicar esses materiais nas estradas.
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