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Apesar da iniciativa da Prefeitura, o estádio não tem os laudos técnicos exigidos para receber jogos oficiais | Arquivo/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Apesar da iniciativa da Prefeitura, o estádio não tem os laudos técnicos exigidos para receber jogos oficiais| Foto: Arquivo/Agência de Notícias Gazeta do Povo

A Prefeitura de Maringá vai colocar o estádio Willie Davids à disposição do Coritiba, que deverá ser proibido de disputar partidas da Série B e da Copa do Brasil de 2010 no estádio Couto Pereira, em Curitiba. O clube foi punido pela justiça desportiva, nesta terça-feira (15), com a perda de 30 mandos de campo, por conta das confusões ocorridas após a última rodada do Brasileirão. O Coxa espera que a pena seja reduzida, mas, de acordo com a assessoria de imprensa do clube, inclui em seu planejamento para o próximo ano a possibilidade de disputar partidas em outra cidade.

Sabendo disso, a secretária de Esportes de Maringá, Edith Dias, procurou o prefeito, Silvio Barros (PP), e recebeu aval para fazer o convite ao clube curitibano. Na tarde desta quarta-feira ela entrou em contato com Ricardo Gomyde, diretor de Relações Institucionais do alviverde, e passou o recado. "Conversei agora à tarde com o Ricardo Gomyde a apresentei a proposta. Ele me informou que levará o assunto para uma reunião da diretoria do clube, na sexta-feira", disse ela.

A punição imposta ao Coritiba estabelece que os jogos cujos mandos foram perdidos sejam realizados a distância mínima de 100 quilômetros de Curitiba. A pena não se aplica às partidas do Campeonato Paranaense. O clube também recebeu multa de R$ 610 mil. Além disso, o Couto Pereira foi interditado por tempo indeterminado pelo Ministério Público. O time deve apresentar um recurso ao Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para reverter ou minimizar as penalidades.

O gerente de marketing do Coritiba, Roberto Pinto, informou que, até a manhã desta quarta, o clube ainda não havia sido procurado formalmente por nenhuma cidade, mas sabia que há interessados em hospedar os jogos de mando perdido. "Cada localidade tem seu ponto positivo e seu ponto negativo. A gente vai analisar tudo com calma. Primeiro é preciso esperar o retorno dos advogados que defenderem o clube no Rio (onde aconteceu o julgamento) para conhecer todos os detalhes da pena."

A assessoria de imprensa do clube acrescenta que cidades como Ponta Grossa e Joinville, ambas próximas a Curitiba, também são consideradas. O órgão diz, entretanto, que as decisões sobre o tema estão relacionadas às eleições que acontecem na próxima semana e também à decisão final da justiça desportiva, que ficou para 2010.

Estádio não está liberado

Apesar do voluntarismo da Prefeitura de Maringá, o estádio Willie Davids não está pronto para receber jogos oficiais. De acordo com o presidente da comissão de vistoria da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Reginaldo Cordeiro, o WD depende de laudos técnicos liberatórios da Vigilância Sanitária, do Corpo de Bombeiros e do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea). Também é necessária uma visita presencial da própria federação, atestando a adequação das condições de segurança.

Cordeiro realizou uma vistoria no estádio em agosto, quando apontou uma série de problemas ligados à segurança, como rasgos no alambrado e falta de portões, no setor das cadeiras cobertas, para o isolamento do gramado. Na última semana, ele esteve novamente na cidade e, em uma visita informal, constatou que muitos problemas persistem. "É preciso instalar algum tipo de vidro ou grade nesse setor para impedir o acesso dos torcedores ao campo. Enquanto isso não acontecer, vou permitir a realização de jogos. Já avisei isso aos responsáveis pelo estádio."

No mês passado, o WD recebeu um amistoso da seleção brasileira de futebol feminino, mas com licenças provisórias, hoje vencidas, e com algumas limitações. A principal veio do Corpo de Bombeiros, que reduziu o público máximo do jogo a 10 mil pessoas, metade da capacidade de estádio.

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