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Cerca de 80 pessoas pediram melhorias no sistema público de saúde

Consultas que demoram meses para serem agendadas, exames urgentes que são bloqueados, postos superlotados. Esses são alguns dos problemas que a população de Sarandi (12 quilômetros de Maringá) enfrenta com o sistema público de saúde.

Por conta de todas essas dificuldades, cerca de 80 pessoas se reuniram no início da manhã desta quarta-feira (8) em frente ao Pronto Socorro Municipal pedindo melhorias no atendimento. Em seguida, eles se concentraram em frente à prefeitura, de onde só saíram após um acordo com o secretário de Saúde.

A manifestação foi organizada pela União Sarandiense das Associações de Moradores (Unisam). Segundo um membro da diretoria, Leadro Perez de Souza, os exames e consultas com especialistas foram suspensas desde o início do ano. Eles também reclamam da superlotação no atendimento no Pronto Socorro. "As pessoas têm que chegar 3 horas da manhã para pegar um bom lugar na fila", fala.

Em entrevista ao Paraná Tv 1ª Edição, Margarida Cardoso conta que tem problemas na coluna e de depressão. Ela já foi encaminhada a especialistas nos dois casos, mas até agora não conseguiu marcar uma consulta. "Eu vim três vezes aqui, mas eles não resolvem o nosso problema, dizem que está tudo bloqueado", diz inconformada.

Milce Vale tem problemas na tireóide. A médica dela pediu exames urgentes, que estavam marcados para julho de 2008. "Até hoje não consegui fazê-los. Em fevereiro me ligaram perguntando se eu ainda queria fazer o exame. Eu disse que sim, pois não tenho condições de pagar, e até agora nada", explica.

O secretário de Comunicação da prefeitura, Geraldo Irineu, afirma que os "bloqueios" nas consultas e exames aconteceram para poder atender a fila de espera, que é muito grande. "Isso é um problema antigo, que eclodiu agora. Estamos fazendo um esforço coletivo para fazer a fila andar o mais rápido possível e nossa intenção é normalizar o atendimento em maio, no máximo", afirma.

Ele também ressalta que o município sofre com o número de médicos que abandonam o atendimento público, por conta dos baixos salários. "Só esse mês foram quatro. Pretendemos repor esses profissionais nos próximos 15 dias", diz. Segundo Irineu, os profissionais que realizam exames também não se contentam com o valor pago pela tabela do SUS.

A Prefeitura se comprometeu em melhorar a situação em 30 dias. "Para resolver todos os problemas talvez seja necessário de 60 a 90 dias", diz o secretário de Saúde, Murilo Beller.

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