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A Procuradoria da Prefeitura de Maringá protocolou nesta quinta-feira (10) representação contra o promotor Laércio Januário de Almeida. A reclamação é que o representante do Ministério Público não estaria enviando cópias dos inquéritos civis que investigam denúncias de irregularidades no estoque de insumos do Hospital Municipal.

"Estou há mais de 60 dias tentando acesso à cópia para saber quais servidores foram investigados", justificou o procurador geral do município, Luiz Carlos Manzato. A denúncia foi protocolada por meio eletrônico, diretamente no site do Conselho Nacional do Ministério Público, que deve exigir explicações por parte do promotor.

O procurador também questiona como o promotor permitiu vazar na imprensa o teor do inquérito, com notícias veiculadas nos principais meios de comunicação de Maringá. "O inquérito estava em segredo de Justiça", explicou. "Ele tinha o dever de garantir o sigilo".

A reportagem tentou contato com o promotor Laércio de Almeida, mas ele não foi localizado para comentar o caso. A assessoria de imprensa do Ministério Público também não havia se posicionado sobre a situação até a tarde desta quinta.

Investigações do Gaeco

As investigações de desvio de medicamentos do Hospital Municipal de Maringá tiveram início em abril deste ano, após uma denúncia. Fotos e vídeos foram feitos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) durante o Procedimento Investigatório Criminal (PIC).

Além do desvio, o trabalho revelou que os medicamentos são guardados em locais inadequados no hospital, em salas sem condições e até mesmo nos corredores. O grupo ainda suspeitava na ocasião que remédios estariam vencendo, sem que sejam destinados aos pacientes, o que revela falhas administrativas.

"Durante a investigação, flagramos um caminhão que chegou com medicamentos que ficou debaixo do sol das 8h às 14h", lembrou o promotor do Gaeco Laércio de Almeida, na ocasião. "Este foi mais um exemplo de irregularidade de que remédios não estão sendo armazenados e utilizados adequadamente, o que gera prejuízos aos cofres públicos."

Em maio, as promotorias da Saúde Pública e do Patrimônio Publico foram comunicadas das provas levantadas.

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