Município e moradores discutem instalação de empresas na Zona 02

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A proposta que alterou a ocupação da Zona 02, em Maringá, será discutida nesta quarta-feira (8), em uma consulta pública realizada pela Prefeitura e pela Câmara de Vereadores. Em julho, os vereadores aprovaram a proposta de Paulo Soni (PSB) que autorizou a instalação de empresas para a atividade de autônomos e profissionais liberais no bairro. No entanto, o projeto - que não agradou parte dos moradores do local - não foi sancionado pelo Executivo.

Segundo a assessoria de comunicação do município,o prefeito Silvio Barros (PP) quer ouvir a população antes de sancionar ou vetar a lei. A reunião será realizada a partir das 18h30, no auditório da Câmara. O poder público e a comunidade vão discutir a possibilidade de tornar o bairro "preferencialmente residencial" (hoje o bairro é classificado como "exclusivamente" residencial).

Segundo o presidente do legislativo municipal, Mário Hossokawa (PMDB), a decisão de levar a questão para uma consulta pública se deve à relevância do assunto e à necessidade de ampliar o debate.

"Nossa intenção é apresentar o posicionamento dos moradores, comerciantes e proprietários de imóveis na Zona 2. Vamos ouvir todas as partes para analisar uma possível alteração na legislação", explicou.

Durante o evento, estão programadas a manifestação de três pessoas favoráveis e outras três contrárias à matéria, cada uma com tempo de cinco minutos.

Zona 02

A Zona 02 fica entre o Parque do Ingá e o Bosque dos Pioneiros, no quadrilátero que compreende as avenidas Anchieta, Itororó, Juscelino Kubitschek e Tiradentes. A Zona 2 é um bairro central, caracterizado pela residência de famílias de classe alta e tradicionais da cidade

De acordo com a presidente da Associação de Moradores da Zona 2, Irma de Oliveira, cerca de 1,8 mil residências e 50 empresas estavam em situação irregular, já que a permanência das mesmas no local era proibida.

"A proposta está tentando regularizar o que não é legal", disse logo após a aprovação do projeto em julho. Na ocasião, ela ainda reclamou que os moradores e a associação não foram ouvidos.

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