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Maringá Histórica

Nosso baixo meretrício

As ditas "casas de diversão" se instalaram em várias regiões da cidade, até serem definitivamente extintas, nos anos 1970. Quando ficavam ao lado da delegacia, as pessoas costumavam dizer: “ali brigava, ali ficava”

Retrato da Rua do Pito, na Vila Marumbi, onde existiu uma zona do baixo meretrício | Divulgação
Retrato da Rua do Pito, na Vila Marumbi, onde existiu uma zona do baixo meretrício (Foto: Divulgação)
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A primeira zona do baixo meretrício de Maringá, destinado às ditas "casas de diversões", funcionou nas proximidades do atual Fim da Picada, no Maringá Velho. Ao seu lado, foi instalada a primeira delegacia da cidade, sob caráter provisório. Costumava-se dizer que "ali brigava, ali ficava".

Depois, as casas de prostituição se transferiram para a Rua Quintino Bocaiúva (entre a Avenida Guaíra e a Rua Benjamin Constant). Em 1959, o prédio da delegacia foi inaugurado oficialmente nas proximidades do local. Novamente, a casa de detenção estava próxima aos problemas sociais de Maringá.

Uma peculiaridade desse período é que as "mulheres da vida" não podiam caminhar pelas ruas e avenidas do centro da cidade. Para essa finalidade, elas deveriam ser transportadas por charretes, o táxi da época. Alguns desses veículos ficaram conhecidos como "balaio de puta".

Na década de 1960, a zona do baixo meretrício se mudou, novamente, para as proximidades da Praça Vereador Eurico Vieira Guido, na Vila Marumbi. Devido à expansão imobiliária, uma comissão de vereadores propôs, em 1974, sua transferência para uma região mais afastada da área urbana. Um ano depois, a sociedade maringaense pediu a exclusão definitiva do serviço mais antigo do mundo.

Com isso, muitas prostitutas iniciaram o processo migratório para regiões mais centrais de Maringá, ocupando a partir de então, pensões, praças e hotéis nas áreas próximas da Rodoviária Américo Dias Ferraz, a Rodoviária Velha, demolida no ano passado.

Fonte: Contribuição - Marco Antonio Deprá / Blog do Edson Lima / Acervo Maringá Histórica.

* Miguel Fernando escreve aos sábados na Gazeta Maringá. Ele é bacharel em Turismo e Hotelaria e especialista em História e Sociedade do Brasil. É instituidor do Projeto Maringá Histórica, o qual se estende na coluna publicada na Gazeta Maringá e em outra, produzida para a Revista ACIM

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