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Crescimento estadual é de 54%

O número de transplantes realizados no estado durante o primeiro semestre deste ano foi 54% superior ao índice registrado no mesmo período do ano passado. De acordo com os números divulgados pela Copott nesta segunda (16), foram contabilizados 190 transplantes neste ano, 67 registros a mais que a primeira metade do ano anterior – 123.

O transplante de rim teve o maior crescimento estadual, com 88% a mais de cirurgias. Em comparação com o mesmo período de 2010, o aumento foi de 164%. Segundo a coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Arlene Badoch, a melhoria no transporte de órgão foi o principal motivo para o crescimento dos transplantes no estado.

Outro fator fundamental apontado pela coordenadora são as regionais espalhadas pelo estado. "As equipes estão descentralizadas e organizam a logística da procura de doadores na sua região de abrangência", disse. O Paraná possui 86 centros transplantadores espalhados pelas cidades de Curitiba, Campina Grande do Sul, Londrina, Maringá, Cascavel e Pato Branco.

Maringá quase dobrou o número de transplantes de órgãos no primeiro semestre de 2012, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram dez transplantes, quatro a mais que o registrado no primeiro semestre de 2011. A cidade acompanhou o crescimento do Paraná que realizou 54% procedimentos a mais que no ano passado. Os números foram informados nesta segunda-feira (16) pela Comissão de Procura de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Copott) da Região Noroeste.

Segundo a coordenadora em exercício da regional Noroeste, Cláudia Escame, o crescimento, aparentemente tímido em termos de procedimentos realizados, se deve ao fato de Maringá fazer apenas transplantes de rins, enquanto outras regiões do estado fazem a cirurgia para pâncreas, coração, fígado e rins. A Copott do Noroeste abrange 115 municípios das regionais de saúde de Maringá, Campo Mourão, Cianorte, Paranavaí e Umuarama.

Entre os 13 centros transplantadores de rins no estado, dois ficam em Maringá, são o Hospital Santa Casa e o Hospital Santa Rita. "Cada hospital monitora os casos e faz contato com a comissão. Após avaliação, somos nós quem damos ou não o ok para a abordagem familiar", explica Cláudia.

Com a avaliação positiva para o transplante, a Copott entra em contato com familiares do doador. Na regional do Noroeste, 40% das famílias autorizaram a doação no primeiro semestre deste ano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o número ideal deve ser de 60%.

"Em Santa Catarina esse índice já foi atingido. Acredito que isso se deve às campanhas frequentes que conscientizam a população", declarou a diretora da Central Estadual Transplantes, Arlene Badoch. "Estamos trabalhando para que isso ocorra no Paraná também."

A diretora explica que a doação de órgão só é permitida com a autorização da família, parentes de até 4º grau, ou determinação judicial.

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