Jardim Japonês na década de 1980| Foto:
A foto é da década de 1970, quando o local era chamado de
Vistoria final no Parque do Ingá. Ga foto (esquerda para direita): Anníbal Bianchini da Rocha, que prestou consultoria na implantação do local; Dr. Adriano José Valente, então prefeito (gestão 1969-1972); e Hermes Moreira, Diretor do Instituto Agronômico de Campinas/SP
1971, ano da inauguração do Parque do Ingá
1971, ano da inauguração do Parque do Ingá
O píer dos pedalhinhos que funcionaram por muitos anos no interior do Parque do Ingá
Jornal Folha de Londrina detalhou os milagres acontecidos na gruta Nossa Senhora Aparecida (imagem trazida pelo governador Haroldo Leon Peres). Tal gruta (fundada junto com o Parque) fica no interior da reserva, próximo ao lago das Lavadeiras
Logo após o acidente, a equipe de apoio agiu rápido para evitar o alastramento do incêndio
A multidão se aglomerou para verificar de perto o que havia ocorrido
Este foi o mastro responsável pela tragédia. Estava instalado ao lado do palanque das autoridades
Veja também
  • O 5 estrelas do sertão: a história do Grande Hotel Maringá
  • O "Sputnik" do Bispo: um sucinto relato da Catedral de Maringá
  • Maringá sob o espectro do passado
CARREGANDO :)

Em 1969, iniciaram-se estudos para a incorporação de uma área verde ao cotidiano dos maringaenses. Perante a consultoria e orientação de Anníbal Bianchini da Rocha, a Prefeitura Municipal inaugurou o Parque do Ingá a 10 de outubro de 1971, na gestão do então prefeito Dr. Adriano José Valente (1969-1972).

Com 474,3 mil m², lago artificial, sete quilômetros de pavimentação em paralelepípedo (que foram extraídos da Avenida Brasil), a mata nativa foi preservada pelo processo de urbanização em respeito à lei de proteção aos mananciais. Isso porque, em seu interior está localizado o Córrego Moscados. Essa nascente teve de ser represada para estabelecer um grande lago a fim de ocupar a clareira.

Publicidade

Um espaço social destinado às massas. O ponto de encontro de casais, famílias, jovens, crianças. Aos domingos, o parque era tomado por milhares de pessoas que passavam o dia à beira do lago, apreciando os animais e os pássaros. Ficou popularmente conhecido como o "Clube do Povo".

No 70º aniversário da Imigração Japonesa no Brasil, a 20 de junho de 1978, o Príncipe Akihito (hoje Imperador) e a Princesa Michiko estiveram em uma visita oficial a Maringá. A agenda deles incluiu a inauguração do Jardim Japonês do Parque do Ingá e o lançamento da pedra fundamental da Associação Cultural e Esportiva de Maringá (ACEMA). Quem acompanhou os herdeiros do trono do Japão, além das autoridades locais e estaduais, foi o então presidente do Brasil Ernesto Geisel.

Antes de chegar a Maringá, o Príncipe e a Princesa passaram por Brasília, São Paulo, Londrina e Rolândia.

Na tarde do dia 20 de junho, eles chegaram e foram direto para o Parque do Ingá, a fim de inaugurar o Jardim Japonês. Ao longo do caminho, diversos estudantes os recepcionaram com bandeiras do Japão e do Brasil. Na ocasião, 10 mil delas foram distribuídas. O casal pernoitou no Hotel Bandeirantes, o mais luxuoso da época. Um quarto foi especialmente elaborado para a ocasião.

A Princesa Michiko teria pedido para a comitiva parar em frente à Igreja São José da Vila Operária para fazer reverência a um belo Ipê Roxo. Contudo, recentemente, informações confrontam o dito. Ela não teria descido do carro eem pedido para a comitiva parar - simplesmente, achou o exemplar exuberante.

Publicidade

O Parque ainda contou por um longo período com um pequeno zoológico e trilhas pela mata, além de restaurante, churrasqueira, campo de bocha e um píer para os pedalinhos. O local encontra-se fechado para reformas e melhorias, mas irá reabrir a partir da próxima quarta-feira (8).

Fontes e fotos: Acervo Maringá Histórica / Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / Museu Bacia do Paraná / Folha de Londrina - 12 de abril de 1973 / Contribuição – Cláudio Pietrobom

* Miguel Fernando escreve aos sábados na Gazeta Maringá. Ele é bacharel em Turismo e Hotelaria e especialista em História e Sociedade do Brasil. É instituidor do Projeto Maringá Histórica, o qual se estende na coluna publicada na Gazeta Maringá e em outra, produzida para a Revista ACIM.