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PR-442 tem bloqueio por causa de saneamento básico

Manifestantes também bloqueiam desde as 5h15 da manhã o quilômetro 38 da PR-442, em Uraí, no Norte do Paraná. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), eles exigem saneamento básico no município. O protesto é pacífico.

Por conta dos protestos realizados pelos caminhoneiros em todo o país desde o dia 1º, a PR-182, na região de Realeza, no Sudoeste do Paraná, permanece bloqueada nesta quarta-feira (3). A estrada foi interditada pelos manifestantes na terça-feira (2). Durante a última noite e esta madrugada, nenhum caminhão de carga teve passagem permitida pelo trecho. Os demais veículos trafegam normalmente. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não havia registro de pontos de bloqueios nas rodovias federais que cortam o estado até as 8h15.

A quantidade de interdições, no entanto, pode aumentar ao longo do dia, de acordo com o representante do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) no Paraná, Neuri Tigrão. A paralisação nacional, deflagrada há dois dias, termina oficialmente só às 6 horas desta quinta-feira (4) e, portanto, não há como prever se as demais rodovias do estado permanecerão sem bloqueios. Na terça-feira, quatro interdições foram realizadas no estado.

Segundo Tigrão, a manifestação da classe foi motivada principalmente pelos altos preços dos pedágios nas rodovias do país, pela cobrança do pedágio em cima de eixos do veículo que não estão sendo usados, e, entre demais pontos, pelos altos impostos do óleo diesel e das peças utilizadas para a manutenção dos caminhões. Eles também exigem flexibilização da jornada de trabalho dos profissionais.

Representantes dos caminhoneiros estão em Brasília para discutir junto ao governo as principais exigências da classe. Na terça-feira, uma reunião já foi realizada com o Ministério dos Transportes, mas, de acordo com Tigrão, não houve avanços.

"Nós queremos ajudar o caminhoneiro, sua família, colocar a vida desses trabalhadores em primeiro lugar, mas não é chegar aqui e dizer que a gente vai baixar o pedágio, por exemplo. Mas sei que nossas propostas podem alcançar algumas vantagens ao longo do tempo".Governo

Na terça-feira, segundo dia dos protestos dos caminhoneiros, ao menos 25 rodovias foram bloqueadas em dez estados: São Paulo, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina.

O ministro dos Transportes, César Borges, afirmou na terça-feira que as reivindicações de caminhoneiros, que desde ontem paralisaram estradas de dez estados, são "impossíveis de serem atendidas".

Ele afirmou, após reunião no Palácio do Planalto, que os bloqueios, frutos de um "movimento pequeno", são motivados por "interesses de ocasião". Não descartou também que poderá pedir para usar força policial para liberar estradas.

Os manifestantes reivindicam soluções para questões nacionais da categoria, entre elas, o subsídio no preço do óleo diesel, isenção do pagamento de pedágios para caminhões e criação da secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas.

Borges diz que o óleo diesel já é subsidiado e não se pode contrariar contratos existentes de pedágio. "Estamos vendo agora um movimento pequeno se aproveitar do que está passando o país para interditar as rodovias federais impedindo inclusive o sagrado de ir e vir da população brasileira e principalmente dos caminhoneiros", disse o ministro. Ele disse que a Polícia Rodoviária Federal poderá atuar para remover os veículos que bloqueiam estradas.

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