Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
maringá

Prefeito veta lei que exigia seguranças vigiando caixas eletrônicos

Medida era criticada por redes de supermercados, que teriam de contratar profissionais para cuidar dos equipamentos. Lei foi aprovada há um mês. Veto pode ser derrubado

O prefeito Silvio Barros (PP) vetou, nesta sexta-feira (19), a lei que exigia a presença de seguranças vigiando caixas eletrônicos, inclusive em supermercados e demais comércios que têm esses equipamentos. A norma, aprovada há um mês pelos vereadores, era criticada por empresários, que inclusive ameaçavam retirar os caixas eletrônicos caso tivessem de contratar profissionais para cuidá-los.

O chefe do gabinete do prefeito, Ulisses Maia, explica que a decisão foi baseada em exemplos como o de Mogi das Cruzes, no interior paulista, que adotou medida semelhante e colheu resultados ruins. "A Frebraban [Federação Brasileira de Bancos] recomendou aos comércios manter os caixas funcionando somente no horário de atendimento dos bancos, o que causou muitos prejuízos à população", afirma.

Ele acrescenta que o prefeito também levou em conta a reclamação dos supermercados. "Se tivermos de manter seguranças, arcando com os custos disso, essa operação [manter os caixas eletrônicos em funcionamento] será inviabilizada", disse na época de aprovação da lei o diretor financeiro das redes São Francisco e Cidade Canção, que têm 15 unidades na cidade, Edmilson Segala.

Maia ressalva que a intenção da lei, que fora proposta pelo vereador Aparecido "Zebrão" Regini (PP), era positiva, mas acabaria trazendo prejuízo aos consumidores que usam os caixas fora das agências bancários - há cerca de 90 no município, segundo Maia. Ele já havia sinalizado, há cerca de três semanas, que o prefeito tendia a vetar a lei.

Zebrão diz que foi informado do veto, mas afirma que irá trabalhar para derrubá-lo - para que isso ocorra, é preciso o voto de pelos oito dos 15 parlamentares da casa.

A lei

A lei previa a contratação de seguranças para vigiar caixas eletrônicos instalados tanto em agências bancárias quanto estabelecimentos comerciais diversos - neste caso, a responsabilidade da contratação seria do empresário.

Nos bancos, os vigilantes deveriam trabalhar entre 6h e 22h, todos os dias da semana. Já nos outros estabelecimentos, os profissionais precisam estar presentes durante o horário de funcionamento do comércio. Quem descumprisse a norma receberia multa de R$ 500, valor que duplicaria em caso de reincidência. No caso de uma terceira infração, o alvará de funcionamento do estabelecimento seria cassado.

A lei foi proposta pelo vereador Aparecido "Zebrão" Regini (PP), que disse estar preocupado com o crescimento dos roubos a pessoas que usam os caixas.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.