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Ação judicial

Confiante na legalidade dos atos da secretaria, Viana disse que vai processar Almanara, caso as denúncias se comprovem inverídicas. "Ele vai ter que provar em juízo o que tem dito na cidade".

Viana disse acreditar que as acusações têm caráter político, já que também atingem um ex-secretário da administração que agora é candidato a deputado estadual.

A reportagem telefonou para Almenara, mas o telefone do empresário encontrava-se fora de área de cobertura.

O prefeito de Maringá, Silvio Barros , determinou abertura de sindicância para apurar denúncias de irregularidades na concessão de terrenos industriais do Programa de Desenvolvimento Econômico (Prodem). O alvo das denúncias é secretário da pasta do Desenvolvimento Econômico, Valter Viana, que colocou o cargo à disposição até que a investigação seja concluída.

Diante das denúncias, foi o próprio Viana quem pediu a abertura da sindicância. A decisão do prefeito foi anunciada no fim da tarde desta sexta-feira (16), após reunião com o secretário, conforme informações da assessoria de imprensa da Prefeitura.

As acusações dão conta de que o empresário Devanir Almanara não teria sido atendido satisfatoriamente no seu pedido de ocupar um barracão industrial. De acordo com a prefeitura, o empresário alega possuir gravações e documentos que apontam as irregularidades na cessão de terrenos industriais.

Viana garante que as denúncias são infundadas, e por isso está tranquilo quanto à sindicância. "A gente não tem sangue de barata. Há dois meses ouço essas insinuações de irregularidades na minha secretaria e por isso resolvi encaminhar esse ofício". De acordo com o próprio Viana, as acusações são de que haveria pagamento de propina para ele para funcionários vinculados à pasta para que houvesse a liberação do barracão.

O secretário também falou sobre a existência de gravações. "Eu não sei do que se trata. Se eu soubesse já adiantaria", afirmou.

Viana explicou o pedido que Almenara protocolou na Secretaria de Desenvolvimento Econômico e que culminaram na sindicância. "Ele tinha pedido para obter o controle do barracão industrial e eu fui muito firme em não permitir que ele tomasse conta do barracão inteiro, já que nossa intenção é dividir o espaço para vários empresários".

A Prefeitura não confirmou, até as 18h, se o prefeito optou pelo afastamento do secretário. "Estou de consciência tranquila e vou concordar com a decisão do prefeito", disse Viana, em relação ao possível afastamento.

A possibilidade de afastamento, sugerida pelo próprio Viana, teria como objetivo garantir a liberdade nos trabalhos da comissão de sindicância, que deverá ser concluída em 10 dias. A comissão é formada por três funcionários da Prefeitura, da Secretaria de Controle Interno da Procuradoria Jurídica.

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