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A Prefeitura de Floresta, a 30 quilômetros Maringá, no Noroeste do estado, decretou estado de emergência na última sexta-feira (09). Em entrevista à rádio CBN Maringá, o prefeito Antônio Fuentes Martins disse que a estiagem causou perdas entre 60% e 70% nas lavouras de milho e soja.

Segundo Martins, a cidade nunca havia assistido, em toda a sua história, a uma seca tão intensa. "Havíamos registrado perdas de até 30%. Com isso os produtores conseguiam, pelo menos, sanar seus compromissos. O que os preocupa é que, desta vez, eles não conseguirão pagar suas contas", explicou.

O prefeito afirmou que a estiagem aconteceu no período de formação dos grãos de soja e milho, comprometendo o crescimento e a floração das plantas. "Todos são unânimes em afirmar que as perdas foram muito grandes e a nossa situação é realmente preocupante", diz.

Como a base econômica de Floresta é a agricultura, outros setores também serão afetados. "O comércio com certeza será prejudicado, pois os agricultores estão desesperados, sem dinheiro para fazer compras e pagar suas dívidas", afirma.

Martins espera que, decretando o estado de emergência, as autoridades públicas e as financiadoras se sensibilizem com a situação dos agricultores. "Este é um momento difícil, que exige união. Esperamos que eles possam, pelo menos, renegociar suas dívidas e não sejam impedidos de conseguir novos empréstimos, para continuar plantando".

Outras regiões

O Paraná todo deve sentir os efeitos da estiagem. A safra de grãos em 2009 será 6,6% menor que a de 2008, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em Maringá, as perdas na lavoura devem chegar a 20%, segundo a Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural).

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