Por meio de um ofício, a Prefeitura de Maringá se comprometeu em priorizar as reivindicações dos socorristas do Samu, em greve desde segunda-feira (8). O documento chegou aos representantes do Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar), por volta do meio-dia desta quarta-feira (10), após uma reunião realizada mais cedo, que não foi conclusiva. As informações são da presidente do Sismmar, Iraídes Baptistoni.

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"A administração disse no ofício que vai colocar as reivindicações do Samu na ordem de prioridade do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração [PCCR], e antecipar a revisão", disse Iraídes. A revisão do PCCR dos servidores municipais está previsto para novembro deste ano. Até que isso ocorra, eles pedem por uma gratificação mensal de R$ 450.

Segundo a presidente do Sismmar, o sindicato considerou que o documento não responde com exatidão às reivindicações dos servidores, que estão reunidos em assembleia no inicio desta tarde para avaliar a posição da Prefeitura. Para Iraídes, a promessa de priorização é "evasiva".

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Remuneração abaixo da média

Segundo o sindicato da categoria, o piso salarial do Samu de Londrina é superior ao de Maringá. Lá, o salário é de R$ 1,4 mil por 30 horas semanais; em Maringá, é de R$ 1 mil por 40 horas.

"Não estamos sendo radicais de maneira nenhuma, estamos querendo negociar, pedimos por um aumento que toda a sociedade maringaense considera que é justa, menos o prefeito. Nossa hora trabalhada é uma das menores entre os servidores, trabalhamos para salvar vidas e recebermos R$ 7 por hora", justificou o socorrista do Samu Cleiton Carlin.

Atendimento deve ser reduzido

Cerca de 90% dos servidores do Samu aderiram à greve e têm se revezado para manter 50% do atendimento, mas, a partir de 16 horas desta quinta-feira (11), quando completam-se 72 horas de paralisação, o Samu poderá reduzir o atendimento de emergência de 50% para 30%, número mínimo definido pela legislação.

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A Prefeitura não se pronunciou sobre a reunião e o ofício enviado até as 12h50 desta quarta-feira (10).

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