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O jovem está preso há um mês e meio, por furto

Um dos cincos presos que fugiram da cadeia de Peabiru, a 75 quilômetros de Maringá, na madrugada do último sábado (2), decidiu se entregar porque estava passando fome fora da prisão. Conforme mostrou reportagem do telejornal ParanáTV 2ª Edição, da RPCTV, outros dois fugitivos foram recapturados. Os demais seguem foragidos.

Alaúna Boiko, 19 anos, ficou quatro dias escondido no mato. "Eu estava com fome e resolvi voltar, porque lá não tinha comida", disse à reportagem. Antes da fuga, ele estava preso há um mês e meio, por furto. Diante do fato inusitado, a cozinheira da cadeia, Maria Leni da Silva, contou que a comida que prepara é frequentemente elogiada pelos detentos.

Os presos fugiram quebrando os cadeados e chegando até o solário, onde cortaram uma tela de proteção e escaparam. Durante a ação, eles destruíram a câmera de segurança. A cadeia de Peabiru tem estrutura para receber 16 detentos, mas abrigava 29.

Onda de fugas

O ano começou com uma onda de fugas nas delegacias do interior do Paraná. Entre sexta-feira (1º) e sábado (2), 64 presos escaparam das cadeias de Ivaiporã, Ibiporã, Peabiru e Goierê, cidades localizadas entre o Centro-Oeste e o Norte do estado. Em todos os casos, as delegacias estavam superlotadas. Até a metade desta semana, 17 fugitivos haviam sido recapturados.

A maior ação aconteceu em Ivaiporã (140 km de Maringá), onde, logo após a virada de ano, 27 detentos abriram um buraco na parede da cadeia e escaparam. No pátio, eles escalaram um muro que dá acesso à rua. Apenas um policial estava de plantão. A cadeia tem capacidade para 34 detentos, mas abrigava 144 – quatro vezes acima da capacidade. Dois internos foram recapturados.

Em nota enviada à reportagem, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) diz que o problema da superlotação em delegacias do estado é crônico e tem origem em gestões anteriores. Esclarece ainda que a questão vem sendo tratada como prioridade e que, desde 2003, 12 penitenciárias foram inauguradas e outras seis foram ampliadas, aumentando o número de vagas de 6.529 para 14.568.

A Sesp informa também que foram construídas celas modulares em Piraquara, Londrina, Palmas, Loanda, Colorado e Cornélio Procópio, tirando mais de 1300 presos de delegacias. O Governo do Paraná ainda tem projetos de outras cinco penitenciárias, que podem ser concluídas até 2010 e irão abrir cerca de 2,5 mil novas vagas.

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