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A greve dos vigilantes conseguiu mobilizar 40% dos profissionais de Maringá e fechou 14 agências bancárias da cidade nesta segunda-feira (2), primeiro dia de manifestações. De acordo com José Maria da Silva, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Maringá, em duas cidades da região, Paranavaí e Umuarama, a paralisação foi de 100% dos profissionais.

O Sindicato dos Bancários de Maringá esteve reunido durante a tarde desta segunda-feira para avaliar o alcance das manifestações e traçar estratégias de trabalho para os próximos dias, informou Claudecir de Oliveira Souza, vice-presidente do sindicato dos bancários. Ele confirmou que 14 agências estiveram fechadas em algum momento do dia, mas que somente dez delas não abriram as portas durante toda a segunda-feira.

O Sindicato dos Bancários entrou em contato com a Polícia Federal e pediu que as agências da cidade sejam fiscalizadas durante o período de greve, garantindo assim que elas só funcionem caso haja o número mínimo de vigilantes exigidos por lei. "Queremos que os bancos busquem alternativas para dar segurança para os colegas bancários e para os clientes. Vamos pedir a compreensão dos gerentes, para que sejam pacientes e que não abram as agências, caso seja necessário", disse Souza. Ele lembrou que o sindicato que ele representa é solidário às reivindicações dos vigilantes.

Na terça-feira (3), as manifestações vão se concentrar na agência do Banco do Brasil, no Centro. Essa agência não estava na programação do primeiro dia e continuou funcionando normalmente nesta segunda. "Cada dia vamos estar numa agência diferente. Foram muito positivos os resultados no primeiro dia" afirmou Silva.

Confusão

Três agências do Banco Itaú também ficaram fechadas nesta segunda-feira. As agências da Avenida Brasil, na Zona 1, Avenida Pedro Taques e Santos Dummont não receberam clientes durante o dia. No Itaú da Avenida Brasil, houve brigas, pois um senhor, deficiente físico, tentou entrar no banco, mas foi impedido pelos manifestantes. Houve agressões e bate-boca.

Em uma agência do Banco do Brasil, no Centro de Maringá, houve tumulto nessa manhã. Manifestantes faziam pressão para que um vigilante saísse de seu posto, pois ele queria continuar a trabalhar. Houve discussões, mas a situação foi contornada. "O cliente do banco fica um pouco exaltado, pois quer resolver os seus problemas, mas depois ele entende e acaba apoiando nossa posição", disse Silva

Em Curitiba diversas agências bancárias também fecharam em razão da paralisação dos vigilantes.

Exigências

Segundo Silva, existem em Maringá mais de 500 trabalhadores nesta área. "Nosso objetivo é atingir 90% dos sindicalizados até o final da semana", afirma.

Os vigilantes pedem um reajuste salarial equivalente à inflação do último ano (cerca de 7%) mais 5% de aumento real, além de elevação no adicional de risco da categoria, vale-refeição de R$ 15 e uma hora de intervalo para alimentação. O piso atual dos vigilantes é de R$ 890.

A última proposta feita pelo Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp), entidade patronal responsável pela negociação salarial com os vigilantes, foi de 7% sobre o piso salarial, adicional de risco, seguro saúde e vale creche, além de 10% de aumento no vale-refeição. O Sindesp garante que os índices superam a inflação projetada para o período de 1 de fevereiro de 2008 a 31 de janeiro de 2009.

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