A diretora disse à RPC TV Cultura que nunca havia visto um aluno armado no colégio

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Um adolescente de 13 anos foi flagrado com um revólver calibre 38 carregado dentro de uma sala de aula do Instituto de Educação de Maringá, durante a tarde de quarta-feira (28). Segundo o boletim de ocorrência do 4º Batalhão de Polícia Militar, a arma foi descoberta quando a professora pediu que os estudantes abrissem a bolsa, a fim de tentar encontrar o celular de uma das alunas, que desaparecera.

"Como o adolescente resistiu para abrir a bolsa, a professora foi verificar e encontrou a arma", conta o secretário da coordenação do colégio, Roberto Lopes.

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A direção do colégio acionou, então, a Polícia Militar. O estudante e o pai dele, de 44 anos, foram levados para a 9ª Subdivisão de Polícia Civil (9ª SDP) para prestar esclarecimentos.

Segundo o delegado Leandro Roque Munin, o aluno disse que pegou a arma na empresa do pai, pensando em se defender de adolescentes, com idades entre 15 e 17 anos, que encontrava no trajeto entre o colégio e a escola. "Ele [o aluno] contou que esses adolescentes estavam ameaçando ele e que já tinham mostrado até uma faca e um soco inglês."

O delegado acrescenta que o pai alegou ter registro da arma, que foi apreendida, na Polícia Federal. No entanto, ele não tinha apresentado o documento do registro até a manhã desta quinta-feira (29). "Ele mostrou um documento de registro da Polícia Civil que não é mais válido", diz Munin. "Fiz uma pesquisa provisória na Polícia Federal e, aparentemente, a arma dele está regularizada."

Se o pai não apresentar o documento, responderá pelo crime de posse ilegal de arma. Além disso, a 9ª SDP avalia se o pai cometeu o crime de omissão de cautela, ao não tomar as precauções necessárias para evitar que o adolescente pegasse a arma.

O caso já foi encaminhado, também, ao Ministério Público, onde o pai e o filho devem se apresentar no dia 13 de agosto.

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No Instituto de Educação de Maringá, o clima é de susto desde quarta-feira (28). O secretário, Roberto Lopes, comenta que nunca viu caso semelhante no colégio nos últimos 11 anos. Segundo ele, a direção ainda não manifestou se vai tomar medidas para impedir que alunos entre armados nas salas de aula.