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Maringá

Quase 90 mil pessoas foram incluídas na lista de devedores no primeiro semestre

Durante os seis primeiros meses deste ano, 88,6 mil pessoas foram incluídas no cadastro de proteção ao crédito em Maringá, quase 1,5 mil a mais do que no mesmo período do ano passado

O número de novos inadimplentes cadastrados no banco de dados de proteção ao crédito cresceu 1,6% em Maringá ao longo do primeiro semestre deste ano. Entre janeiro e junho, 88,6 mil pessoas deixaram de pagar suas contas e foram incluídas no cadastro. Foram quase 1,5 mil consumidores a mais do que no mesmo período do ano passado.

Foi o que indicou o relatório do Serviço Acim de Informações Comerciais (Saic), apresentado na tarde desta sexta-feira (8). Nos primeiros seis meses de 2010, 87,1 mil devedores foram incluídos na lista.

Já o número de clientes que quitaram as dívidas e foram excluídas do SCPC foi menor, passando de 52,9 mil no ano passado para 50 mil este ano.

Quase 16 mil devedores em junho

Durante o mês passado, foram incluídos 16.1 mil consumidores na lista de devedores, número maior do que o mesmo período do ano passado, quando 14,2 mil foram parar no cadastro de proteção ao crédito. O número de pessoas que "limparam o nome" no mesmo mês caiu de 11 mil em junho de 2010 para 8,6 mil.

Segundo a Acim, março foi o mês que registrou o maior número de consumidores incluídos no banco de proteção ao crédito no ano passado: foram 17 mil pessoas. Já maio foi o mês em que mais consumidores foram excluídos do banco de dados: 9,1 mil. Aumento nas consultas ao crédito

O balanço da Acim também indicou aumento nas consultas ao crédito, o que também representa elevação nas vendas a prazo. Segundo o Saic foram realizadas 492,9 mil este ano, cerca de 117,2 mil a menos do que o primeiro semestre de 2010

Endividamento ameaça evolução das vendas do varejo

Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontam que as vendas do varejo brasileiro cresceram 5,05% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2010. No entanto, a inadimplência avançou quase que na mesma velocidade, subindo 4,25%. E, apesar de a inadimplência no varejo ter caído 10,09% em junho em relação a maio, na comparação com junho do ano passado houve alta de 6,9%.

Esta semana, o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, disse que o endividamento das famílias brasileiras está em torno de 24% a 25%, próximo do recomendado internacionalmente. Apesar disso, o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior, acredita que quando se ultrapassa o patamar dos 20% é preciso acender a luz amarela.

Qual­quer desarranjo orçamentário, co­­mo desemprego, sinistro ou doença, gera desequilíbrio. Até 20%, as pessoas navegam muito bem. Passou disso, fica-se sujeito a problemas", considerou. Para o presidente da CNDL, outro ponto negativo do endividamento é o de que os consumidores acabam direcionando uma parte de seus recursos apenas para pagamento de juros, e não para a compra de bens e serviços.

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