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A Prefeitura de Sarandi, a 12 km de Maringá, recebeu do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) um prazo de 90 dias para dar destinação a um abatedouro que está abandonado na zona rural do município desde a década de 90. O TCE sugere que a obra seja reformada e passe a abrigar atividades de interesse público ou então seja vendida, por meio de licitação. A Prefeitura informa que está tomando medidas para resolver o problema. A decisão do Tribunal foi tomada na quinta-feira (15), após julgamento de uma denúncia da ONG ambientalista Brasil Fauna e Flora Transparência Aqui.

O abatedouro começou a ser construído na gestão do prefeito Milton Martini (1992-1996), que, por coincidência, ocupa novamente o cargo desde o início do ano. Em 1994, segundo o TCE, a cidade recebeu R$ 20 mil da Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar) para concluir a obra. Ocorre que, após o término da construção e a compra de equipamentos, o local nunca foi usado, nem mesmo nas gestões seguintes, de Júlio Bifon (1997-2000) e Aparecido Farias Spada (2001-2004 e 2005-2008).

O atual secretário de Saneamento e Meio Ambiente de Sarandi, José Luiz de Almeida, afirma que a construção ficou ociosa porque a Vigilância Sanitária Estadual não autorizou o funcionamento do abatedouro. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), a qual a Vigilância Sanitária é vinculada, foi procurada pela reportagem para confirmar e esclarecer a decisão, mas ainda não se manifestou.

Futuro do abatedouro

Almeida diz que a construção foi doada, na gestão anterior, a uma entidade social ligada à Igreja Católica, que não cumpriu o acordo estabelecido para usar o local. Por isso, a Câmara de Vereadores de Sarandi está votando um projeto apresentado pelo Executivo que devolve ao município a posse do abatedouro. O presidente da Casa, Cilas Moraes, informa que a proposta foi aprovada nesta semana, em primeira discussão, e deve voltar ao plenário na próxima segunda-feira (19).

De acordo com Almeida, a recuperação da posse do abatedouro é o primeiro passo para cumprir a determinação do TCE. A etapa seguinte será convocar uma equipe de técnicos da Prefeitura para decidir o futuro do local. "Há quem defenda a venda. Nós, da Secretaria do Meio Ambiente, queremos construir uma escola ambiental."

O secretário diz que já há um pré-projeto da escola ambiental, orçado em R$ 2 milhões. A Prefeitura, inclusive, já solicitou verbas ao Governo Federal para executar a obra. "Seria um espaço para levar alunos das escolas municipais e estaduais para fazer cursos e estudos na área de meio ambiente. Em resumo, Um espaço de formação ambiental."

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