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Agência do INSS em Maringá tem apenas cinco pessoas atendendo ao público | Arquivo
Agência do INSS em Maringá tem apenas cinco pessoas atendendo ao público| Foto: Arquivo

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Maringá continuam de braços cruzados nesta quarta-feira (24). A greve por tempo indeterminado começou às 12 horas de terça (23) depois de uma assembléia realizada entre funcionários do órgão e membros do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social do Paraná (SindPrevsPR). Até agora 14 funcionários dos 35 que prestam atendimento aderiram à greve em Maringá e o restante dos servidores continua trabalhando em rodízio especial de atendimento. Também estão parados 10 funcionários de outros setores, o que, até a tarde desta quarta, totalizava 24 grevistas.

Segundo a servidora Silvana Braga de Queirós, só estão sendo prestados serviços essenciais de atendimento. Na manhã desta quarta, não havia filas na agência do INSS de Maringá e cinco funcionários estavam atendendo. "Como a imprensa está cobrindo a repercussão da greve muitas pessoas que procuram a agência deixaram de comparecer com medo de não conseguir atendimento", disse Silvana.

De acordo com delegado do sindicato, em Maringá, Carlos Antônio do Amaral Rodrigues, os funcionários não pretendem acabar com a paralisação enquanto não tiverem as reivindicações atendidas. Ainda segundo Amaral, os servidores da agência de Campo Mourão também decidiram aderir à greve nesta quarta (24). "Os funcionários estavam esperando a manifestação em Maringá. Como houve paralisação aqui, eles também aderiram", disse Rodrigues.

Em Campo Mourão, dos 31 funcionários, apenas 10 estavam trabalhando nesta quarta.

Em ambas as cidades, o horário de atendimento será o mesmo: das 8h às 18h, mas com número reduzido de atendentes. Também nesta terça-feira, mais uma agência do INSS em Londrina resolveu parar.

Reivindicações

A principal motivação para a greve em Maringá é desfazer o aumento da jornada de 30 para 40 horas semanais. "O governo está propondo que quem não trabalhar as 30 horas tenha o salário reduzido, e somos contra isso. Essa jornada é uma conquista de 25 anos que não pode ser perdida", explicou Carlos Antônio do Amaral Rodrigues, delegado do SindPrevsPR em Maringá.

Os servidores também querem que o ticket alimentação, atualmente de R$ 126, seja elevado para R$ 400. Também há reclamações de assédio moral no ambiente de trabalho.

A última greve no INSS de Maringá aconteceu em 2006, quando cerca de 70% dos funcionários ficaram parados por 27 dias, com reinvidicações semelhantes às de agora.

O movimento grevista já atinge outros 16 estados, além do Paraná. A greve segue apesar de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter concedido, na semana passada, uma liminar determinando a suspensão do movimento.

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