Tatsuko Taguchi nasceu no Japão, mas marcou história em Maringá, no Noroeste do Paraná. Quando a cidade era apenas um distrito de Mandaguari, em 1942, ela se tornou a primeira mãe. Virou a matriarca do Ingá. O fato não foi reconhecido oficialmente justamente porque o município não havia sido criado.
"A cultura japonesa não se integrou tanto em outra cidade do país como em Maringá. Isso não é normal. Tem a ver com a referência histórica de o primeiro bebê ter olhinhos puxados", diz o sobrinho Willy Taguchi.
Mas não foi apenas com o marco histórico que Tatsuko ajudou a fomentar a cultura japonesa na Cidade Canção. Ela era excelente em criar ikebanas, uma arte japonesa feita de arranjos florais. Os arranjos embelezavam toda a casa de Tatsuko e Tarao Taguchi, o primeiro descendente de japoneses eleito vereador em Maringá.
Fora de casa, ela também transparecia as principais características nipônicas. Não parava sequer um minuto. E não era para menos: eram sete filhos, seis homens e uma mulher. A caminhada ao redor da quadra onde morava era uma prática diária. Não existia tempo ruim. Nem mesmo a perda do marido e de dois filhos, Brasílio e Luiz (o primeiro bebê de Maringá), a deixaram desanimar. Deixa quatro filhos, nove netos e sete bisnetos.
No dia 21 de fevereiro, aos 92 anos, de causas naturais.
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