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A greve dos vigilantes ganhou força durante o segundo dia de paralisação em Maringá. Nesta terça-feira (3), 29 agências estiveram fechadas durante algum momento do dia. Na agência do Banco do Brasil (BB)da Avenida Duque de Caxias, local de concentração dos grevistas nesta terça, o gerente chamou a Polícia Militar (PM) para impedir que os manifestantes entrassem no banco. Depois de muita discussão e bate-boca, o gerente voltou atrás e permitiu o acesso. Na segunda-feira (2), primeiro dia de greve, 14 agências foram fechadas na cidade.

José Maria da Silva, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Maringá e região, considerou muito positiva a participação dos profissionais da categoria e calcula que cerca de 80% dos vigilantes da cidade aderiram à greve neste segundo dia.

Silva considerou parcial a atitude do gerente do BB, ao não permitir que os manifestantes conversassem com os vigilantes que estavam na agência. "Ele estava pressionando para que eles (vigilantes) não saíssem, pois senão não conseguiriam voltar", afirmou o presidente do sindicato. Silva disse ainda que os vigilantes do banco estariam trabalhando mais do que o permitido para cobrir a falta dos outros que aderiram a greve.

O presidente do sindicato de Maringá segue para Curitiba nesta quarta-feira (4), para uma reunião na Justiça do Trabalho, prevista para 10h, onde representantes do sindicato de vigilantes de todo o estado se reúnem com representantes das empresas envolvidas. A Justiça do Trabalho deve mediar as negociações, mas, caso a situação não seja resolvida, o julgamento da greve deverá ser marcado. "Esperamos que tudo seja resolvido nessa reunião amanhã (quarta), mas caso a Justiça marque o julgamento da greve, vamos aguardar o julgamento trabalhando", disse Silva.

Já os representantes do Sindicato dos Bancários continuaram a visitar as agências para garantir que elas só funcionassem caso houvesse um número mínimo de vigilantes. "Vamos preservar a segurança dos bancários e dos clientes", disse Luís Pereira, presidente do Sindicato dos Bancários de Maringá. Ele disse que percorreu vários bancos da cidade ao longo do dia, e confirma que a adesão ao movimento aumentou. Pereira explicou também que algumas agências que estavam fechadas durante a manhã abriram no período da tarde, depois que um reforço de segurança foi trazido de cidades vizinhas. Na capital, 65% das agências bancárias ficaram fechadas nesta terça-feira.

Reivindicações

O sindicato paranaense exige 11% de aumento salarial no piso (que atualmente é de R$ 951), R$ 15 de vale alimentação, um aumento de 15% no adicional relativo ao risco de vida e uma hora de intervalo para alimentação.

Em nota, assinada pelo presidente do Sindicato das Empresas de Segurança (Sindesp-PR), Jeferson Furlan Nazário, o sindicato patronal afirma que a proposta de reajuste é de 7% sobre o piso salarial, adicional de risco, seguro saúde e vale creche, além de 10% de aumento no tíquete refeição. Os índices superam a inflação projetada para o período de 1.º de fevereiro de 2008 a 31 de janeiro de 2009, garante o sindicato. O Sindesp alega que o reajuste além do proposto não estaria conectado à realidade do país dentro da atual crise econômica mundial. "Contando com a compreensão da população e dos nossos contratantes, pedimos aos nossos colaboradores (vigilantes) que reflitam sobre a proposta feita e atentem para o esforço das empresas em manter o nível de emprego do setor", conclui o presidente.

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