Mário Verri (PT) teve o nome divulgado na lista da Sesp (via internet) com a relação dos motoristas paranaenses com Carteira Nacional de Habilitação suspensa| Foto: Arquivo

O vereador maringaense Mário Sérgio Verri (PT) teve o nome divulgado na relação dos motoristas paranaenses com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e que não entregaram o documento. A lista, divulgada na quarta-feira (10) pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesp), aponta 69 mil motoristas em situação irregular. Em Maringá são quase 2 mil pessoas. Segundo o vereador, a carteira dele estava com 31 pontos acumulados. A suspensão é imposta ao condutor que acumula 20 pontos na carteira quando comete infrações no período de 12 meses.

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Verri explicou que não havia atentado para o número de pontos na carteira e só foi descobrir que estava em situação irregular, depois que a imprensa começou a divulgar a caça às habilitações irregulares pela Sesp. "Tenho mais de um veículo em meu nome que são conduzidos por terceiros e não tinha reparado que extrapolei os pontos", disse.

O parlamentar afirmou que entregou a carteira de motorista ao Detran, na quarta-feira, dia em que a Sesp divulgou a lista. Verri deve ficar aproximadamente dois meses sem dirigir. "Já procurei o curso de reciclagem, mas com o aumento da demanda por causa fiscalização do estado, as turmas estão lotadas. Só existem vagas para daqui a 60 dias. Vou ter de ficar sem dirigir, assim como já venho fazendo desde que tomei conhecimento da suspensão da minha habilitação. Agora, só ando de carona", afirmou.

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De acordo com Verri, a maioria das autuações em sua CNH é por estacionamento irregular e por uso de celular ao volante. "Mas como eu disse, tenho pontos acumulados por multas de outras pessoas também. É um transtorno que vou ter de contornar", lembrou.

O vereador validou a campanha da Sesp, mas ressaltou que isso só está acontecendo por causa do acidente que envolveu o ex-deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho, onde duas pessoas morreram. "Eu e grande parte dos motoristas que estão com as carteiras suspensas não podem ser criminalizados por irresponsabilidade de um deputado. A campanha é válida, mas não se pode criminalizar", explicou.

Até a última quarta-feira (10), 13 dias depois que a resolução 203/2009 da Sesp entrou em vigor, prevendo pena de prisão ao motorista que se nega a entregar a carteira suspensa, apenas 5.212 pessoas (7,4% dos 69.603 condutores nessa situação) devolveram o documento. Apenas 26 habilitações suspensas foram recolhidas por visita policial à casa do motorista.

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