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Saiba mais sobre a operação de resgate |
Saiba mais sobre a operação de resgate| Foto:

BRASÍLIA E SÃO PAULO - Dois dias após o desaparecimento do Airbus A-330 da Air France em meio ao oceano Atlântico, a Marinha brasileira não descarta a hipótese de encontrar sobreviventes do voo AF 447, que transportava 228 pessoas. "Até se esgotarem todas as condições, estaremos lá para resgatar sobreviventes", disse ontem à noite o diretor do Centro de Comunicação da Marinha, contra-almirante Domingos Savio Nogueira.

Segundo Nogueira, as temperaturas da água na região onde estão concentradas as buscas têm variado entre 28 e 30 graus, afastando a hipótese de mortes por hipotermia. "Essas temperaturas permitem a permanência na água por um tempo indeterminado, de forma que a sobrevivência dependeria unicamente da resistência de cada pessoa", diz.

Reforço

Na manhã de ontem, duas embarcações que estavam de sobreaviso – a fragata Bosísio e o navio-tanque Gastão Mota – deixaram a base da Marinha no Rio. Devem chegar ao local estimado como ponto de desaparecimento do Airbus, a cerca de 1.100 quilômetros de Natal (RN), no sábado, segundo a Marinha.

De acordo com o contra-almirante, o navio-tanque Gastão Mota, com capacidade para cerca de 4 milhões de toneladas de óleo, vai permitir que os navios permaneçam em alto mar por tempo indeterminado. "Não se sabe ainda quanto tempo esses navios precisarão permanecer numa distância tão longa", explica. "E uma hora eles precisarão ser reabastecidos."

Diferentemente do que a própria Marinha havia anunciado, o primeiro navio militar só deve chegar ao seu destino por volta das 18 horas de hoje. "A previsão era que o navio patrulha Grajaú chegaria às 11 horas, mas ele está enfrentando condições que atrasam seu avanço, com ondas de proa", explicou o contra-almirante.

O Grajaú deixou Natal na segunda-feira de manhã, mas, em condições desfavoráveis, avança a uma velocidade máxima de 24 km/h. Já a corveta Caboclo, que zarpou ontem de manhã, de Maceió, deve chegar ao ponto indicado por volta de meio-dia de amanhã. A fragata Constituição, que saiu ontem de Salvador, só deve chegar na manhã de sexta-feira.

"Ainda não chegamos lá porque estamos vencendo distâncias. A velocidade no mar é relativamente baixa se comparadas às de aviões", justificou o contra-almirante.

Além das embarcações militares, a Marinha pediu o auxílio de três navios mercantes que passavam pela região onde foi registrado o último contato feito pelos pilotos do avião. "Até o momento (noite de ontem) eles não reportaram ter avistado qualquer coisa", disse Nogueira, referindo-se aos dois navios holandeses e um francês.

Entre as embarcações mobilizadas pela Marinha francesa, está o navio de explorações e buscas Pourquoi Pas – por que não?, em francês –, do Instituto Francês de Pesquisas para a Exploração do Mar (Ifremer). Um dos diferenciais do barco é conduzir o robô-submarino Nautile, cujos sonares fazem leitura do fundo do mar em profundidades de até 4 mil metros.

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