Saúde - Problema respiratório agravado
Como conseqüência da baixa umidade alguns problemas de saúde são agravados, principalmente em crianças e idosos. Segundo a presidente da Associação de Pneumologia do Paraná, Luci Bendhack, nessas últimas semanas houve acréscimo nos atendimentos por problemas respiratórios. "A poluição está cada vez mais presente e a falta de chuva só faz aumentar as infecções por virose e as crises de alergia respiratória."
Para se proteger, ela aconselha a ingestão de muito líquido e a limpeza das casas com panos úmidos, diariamente. Outra recomendação é manter bacias com água e umidificadores para aumentar a umidade do ambiente. (AP)
Após 23 dias sem chuvas significativas, a baixa umidade do ar (quantidade de vapor de água na atmosfera) tornou-se um incômodo para a população e fez a Defesa Civil decretar estado de alerta no Paraná. Ontem, a taxa em Curitiba e região chegou a 25%, quando o normal seria entre 50% e 75%. A previsão do Instituto Tecnólogico Simepar é de que hoje o índice aumente para 30% na capital, marca ainda considerada crítica dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A situação é mais preocupante ainda no Centro-Norte. Na tarde de quarta-feira, o Simepar chegou a registrar índices próximos de 15% de umidade em alguns municípios do Norte. No mesmo dia, em Curitiba a marca mínima foi de 19%. Isso ocorre devido à massa de ar quente e seco que se mantém sobre o estado somada à elevação de temperatura.
De acordo com o meteorologista Reinaldo Osmar Kneib, do Simepar, a massa que entrou no estado na segunda-feira está provocando o aumento lento das temperaturas. Ontem, em cidades das regiões Oeste e Noroeste do estado as temperaturas chegaram a 30ºC (em Curitiba a máxima foi de 25ºC). A previsão é de que a temperatura alta deva se manter até hoje. No fim de semana, haverá a entrada de uma massa de ar frio, vinda do Norte da Argentina, que vai trazer nebulosidade para a capital e interior. O clima ficará mais ameno e a umidade deverá aumentar, porém não há previsão de chuvas. "Como julho apresentou temperaturas mais baixas, a tendência é de que agosto continue com índices oscilantes", afirma o meteorologista do Simepar.
Incêndios
Uma das conseqüências do tempo seco e da elevação de temperatura é o aumento do registro de incêndios em vegetação em todo o estado. O coordenador estadual da Defesa Civil, tenente Eduardo Gomes Pinheiro, aponta que nos primeiros 16 dias do mês de agosto já ocorreram 1.073 casos. Ele pede que práticas que possam provocar incêndios sejam denunciadas pelos telefones 0800-6430304, 190 e 193.
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