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Antes do enchimento do lago, com as comportas fechadas... | Josué Teixeira/ Gazeta do Povo
Antes do enchimento do lago, com as comportas fechadas...| Foto: Josué Teixeira/ Gazeta do Povo

5 mil animais foram retirados

Uma das etapas do processo de preservação ambiental foi o resgate da fauna da região. "A maioria dos animais resgatados pelas nossas equipes é formada por anfíbios e répteis. Ao todo, recuperamos cerca de 5 mil animais", afirma Lamy.

O superintendente explica que todos os animais doentes foram encaminhados a um Centro de Triagem de Animais Silvestres instalado na área do consórcio em Ortigueira.

Ele conta ainda que foram encontrados mais de mil ninhos de abelhas nativas. "Repassamos algumas delas para produtores de mel e prestamos assistência técnica." Quanto à flora, foram resgatadas mais de 170 mil mudas e cerca de uma tonelada de sementes. (D.K)

Jirau

A Usina de Jirau, em Rondônia, recebeu a licença de operação do Ibama e a empresa responsável pelo empreendimento prevê iniciar a operação comercial em janeiro.

  • ...e agora, com o reservatório perto de sua capacidade

Ainda nesta semana, uma das cinco turbinas da Usina Hidrelétrica de Mauá, entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira (Campos Gerais), deve começar a operar comercialmente. A última etapa da liberação do empreendimento pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) foi concluída na sexta-feira, quando o órgão concedeu a licença de operação ao Consórcio Cruzeiro do Sul (formado pela Copel e pela Eletrosul e que administra a usina construída no Rio Tibagi). O superintendente geral do consórcio, Sérgio Lamy, diz que todas as exigências de conservação ambiental foram seguidas. Ele estima que a usina entrará em operação comercial definitiva em janeiro de 2013.

Um dos principais itens para a obtenção da licença era a criação de uma área de preservação com o mesmo tamanho e as mesmas características ecológicas da área desmatada para dar lugar à usina. "Esta área já está definida. Ainda não foi adquirida, mas assinamos um termo de compromisso de aquisição com o IAP. Como ela pertence a vários proprietários, estamos fazendo um estudo cartográfico e um levantamento fundiário. Também precisamos negociar com cada um dos proprietários, o que deve levar alguns meses", explica Lamy. O consórcio já depositou duas cauções, que somam cerca de R$ 58 milhões, para garantir a compra.

A área de compensação tem 4.168 hectares. Ela fica na margem esquerda do Tibagi, na região da Serra Grande, em Ortigueira. Cerca de 50% da região é formada por reservas de Mata Atlântica e outros 50% precisam ser reflorestados.

Lamy afirma que foram desenvolvidos 34 projetos ambientais para minimizar os danos da usina. "Estamos fazendo monitoramento constante da qualidade da água e acompanhamos o comportamento e as mudanças na ictiofauna (peixes)", afirma. Ele diz ainda que todos os restos de demolição foram retirados antes do alagamento, bem como cerca de 70% da fitomassa (plantas, folhas, troncos). "Esses materiais retiram oxigênio da água e precisam ser recolhidos antes de se formar um lago. Um estudo da Universidade de São Paulo aponta que precisaríamos retirar, pelo menos, 60% da fitomassa", salienta.

Operação

O enchimento do lago de 84 quilômetros quadrados ainda não está completo. No fim da semana passada, a altura da água era de 627 metros, apenas um metro acima da cota operacional mínima. Apesar de faltarem oito metros para o nível ideal (635), a altura permitiu a realização dos testes na turbina número cinco, a primeira que vai operar, com potência de 5,5 megawatts (MW). Ao todo, a potência instalada de Mauá é de 361 MW.

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