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Novos cursos particulares abrirão 3 mil vagas até 2017

Conforme o Ministério da Educação (MEC), a intenção é abrir 3 mil vagas de graduação em Medicina nas cidades pré-selecionadas. Outras 8 mil vagas devem ser disponibilizadas nos próximos anos, incluindo a abertura de cursos por meio de universidades públicas.

Ao fim, a intenção do governo federal é, com a vinda de profissionais estrangeiros e o reforço na formação profissional, tentar se aproximar da taxa de 2,7 médicos por mil habitantes registrada hoje no Reino Unido, que, depois do Brasil, possui o maior sistema de saúde pública orientado na educação básica. Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, a razão no Brasil é de 1,8 médico por mil habitantes – embora o Conselho Federal de Medicina (CFM) apresente o número de dois profissionais por mil habitantes.

Além dos novos cursos, o Mais Médicos também contempla a expansão das vagas de residência em instituições públicas e hospitais privados – a previsão é que 4 mil vagas sejam abertas até 2015 e outras 8 mil até 2017. O reforço da residência médica, porém, ainda não foi objeto de editais ou ações específicas no âmbito do programa.

Campo Mourão, Gua­rapuava e Umuarama estão entre os 42 municípios brasileiros pré-selecionados para receberem novos cursos particulares de Medicina até 2017. A lista foi divulgada ontem, no Diário Oficial da União, e contempla um dos pilares do programa federal Mais Médicos, que, além de trazer profissionais estrangeiros para o país, quer dobrar o ritmo de criação de vagas de graduação em Medicina nos próximos cinco anos.

INFOGRÁFICO: Veja os 42 municípios pré-selecionados no país

O edital para que os municípios se inscrevessem foi lançado em outubro. No total, 154 prefeituras encaminharam a documentação ao Ministério da Educação (MEC). A seleção atingiu municípios com mais de 70 mil habitantes e que não tinham curso de Medicina. Atualmente, conforme o MEC, 11 instituições de ensino oferecem a graduação no Paraná, em seis cidades.

A implantação do curso ainda não tem prazo definido para ocorrer. Uma comissão de especialistas da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC visitará as cidades a fim de verificar a infraestrutura de equipamentos públicos e programas de saúde.

Entre os pré-requisitos, estavam a existência de estrutura de urgência e emergência, número de leitos disponíveis por aluno maior ou igual a cinco e um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) em funcionamento.

"Guarapuava espera isso [a implantação do curso de Medicina] há mais de dez anos. Para a cidade é muito importante, assim como para a população em si. Já temos interesse de universidades que atuam aqui e tenho certeza que outras instituições, de Curitiba, Maringá ou Londrina, também se interessarão", afirma o secretário de Saúde de Guarapuava, Stefan Negrão.

A seleção final com os municípios habilitados – as cidades não contempladas poderão entrar com recursos nesta semana – será divulgada no próximo dia 18. Só depois disso um novo edital será publicado, desta vez para selecionar instituições de ensino interessadas em atuar nesses locais.

"Pressa"

Apesar de as críticas aos Mais Médicos estarem concentradas na vinda de profissionais estrangeiros – principalmente os cubanos –, a criação de novos cursos também é alvo de polêmica. Entidades médicas e profissionais da categoria criticam a maneira "apressada" com que o governo federal estaria conduzindo o processo.

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