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Salman Khan, criador do projeto, esteve ontem em Brasília | Sergio Lima/Folhapress
Salman Khan, criador do projeto, esteve ontem em Brasília| Foto: Sergio Lima/Folhapress

Ferramenta

Vídeos podem otimizar tempo do professor em sala de aula

Para o criador da Khan Academy, o educador norte-americano Salman Khan, o uso de ferramentas tecnológicas na educação permite um contato mais direto entre aluno e professor, além de garantir um aprendizado mais individualizado, de acordo com o ritmo de cada um dos estudantes.

Khan defende que os vídeos sejam acessados fora da sala de aula – esse espaço seria usado, então, para tirar dúvidas com o professor e aprofundar o conhecimento adquirido.

Segundo ele, em uma aula tradicional, "10% do tempo [do professor] é de fato utilizado para uma conversa direta com os estudantes. E mesmo esses 10% tendem a ser usados com os melhores estudantes ou com os muito fracos e com problemas de disciplina".

O Ministério da Educação (MEC) planeja distribuir para os professores das escolas públicas os vídeos da Khan Academy, a ONG fundada em 2010 pelo educador americano Salman Khan. Os vídeos educativos viraram uma febre na internet, com mais de 200 milhões de visualizações.

Convidado pelo MEC e pela Fundação Lemahn – que já traduziu mais de 400 vídeos de matemática e os aplica em um projeto piloto em escolas de São Paulo e Santo André – Khan esteve ontem em Brasília para falar do método e de como funciona a ONG.

Hoje, de acordo com dados da Khan Academy, 43 milhões de estudantes usam os vídeos em todo mundo, dos Estados Unidos à Mongólia. A ideia do método de Khan é que os estudantes possam ver os vídeos pela internet em casa ou mesmo na escola em horário extra classe e durante as aulas os professores esclareçam dúvidas. "Os estudantes podem ver os vídeos no seu próprio tempo, repetir quantas vezes quiser", explica o professor. "Nós temos que parar de pensar que todos precisam aprender ao mesmo tempo".

A Khan Academy disponibiliza cerca de 3.800 vídeos com lições no YouTube. Na América Latina, são 130 mil acessos mensais.

No Brasil, no entanto, o MEC está trabalhando com a ideia de distribuir os vídeos para os professores, não para os estudantes De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o MEC deve colocar o material traduzido nos tablets que serão distribuídos aos professores, no canal do professor – uma página na internet com conteúdo docente – e também na TV Escola, usada basicamente pelos professores.

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