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O coordenador da Comissão de Mediação de Conflitos Agrários, cargo de confiança da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) do Paraná, Jocler Jefferson Procópio, foi preso ontem de manhã, em sua em casa, no bairro Bigorrilho, em Curitiba. Ele é acusado de extorsão por um fazendeiro do interior do estado, que por ora prefere não ser identificado. De acordo com a assessoria de imprensa da Sesp, a prisão do advogado foi efetuada pelo próprio secretário de Segurança, Luiz Fernando Delazari, acompanhado pelo delegado da Polícia Civil, Cláudio Telles.

Segundo o fazendeiro, o coordenador teria cobrado R$ 250 mil depois de uma desocupação para evitar que as terras fossem novamente invadidas. Na casa de Procópio, foram apreendidos R$ 20 mil em dinheiro, R$ 55 mil em cheques e mil euros – o equivalente a aproximadamente R$ 2,7 mil.

Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da Sesp, as investigações, que foram acompanhadas pessoalmente por Delazari, não revelaram outros casos de extorsão cometidos pelo ex-coordenador e nem o envolvimento de outras pessoas. "Nós fizemos o trabalho tradicional. Instauramos um inquérito policial. Fizemos investigação com escutas ambientais, identificamos e apreendemos dinheiro", disse Delazari, que ontem participava do lançamento da Operação Viva Verão, em Guaratuba, no litoral paranaense.

Procópio foi exonerado do cargo e vai responder pelo crime de concussão, ou seja, pela utilização de cargo público para conseguir vantagens financeiras para si. O assessor também foi afastado do Tribunal de Ética e Disciplina da seção Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do qual fazia parte. A OAB decidiu abrir um processo disciplinar contra ele.

Ninguém ainda foi indicado para ocupar o cargo no lugar do advogado e segundo declarações de Delazari, ele mesmo pode assumir a função daqui para a frente.

O secretário classificou a atitude de seu antigo assessor de confiança de lamentável e criminosa. "Ele foi preso por envolvimento com corrupção. Exigir dinheiro sob a alegação de que se não fosse feito o pagamento, a propriedade rural seria invadida é um absurdo", comentou. Através de contato telefônico, o advogado de Procópio, João Batista, informou que ainda estava se interando do caso e que se manifestaria a respeito da prisão de seu cliente ainda ontem, mas não o fez até o fechamento da edição.

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