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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Por causa de uma confusão no trânsito, uma médica que mora em Curitiba pode ficar cega. Ela foi agredida no último dia 5, no Centro de Curitiba, pelo motorista de um Fiat Uno, cor vermelha, que está sendo investigado pelo 1.º Distrito Policial (DP). Furioso, o motorista teria descido do seu veículo com um extintor de incêndio na mão, usado para danificar o carro da vítima, um Honda Civic, onde ela estava com a família.

Segundo conta a médica, a agressão ocorreu após o motorista do Uno fazer uma manobra perigosa na Avenida Visconde de Guarapuava, antes do viaduto. Ele se irritou com a buzina de alguns veículos e passou a perseguir o Honda. Uma quadra adiante, na esquina com a Rua Doutor Faivre, ela, o marido e a filha de 14 anos enfrentaram a fúria dele, após pararem no semáforo. Com medo de represálias, as vítimas solicitaram que seus nomes não sejam divulgados.

Além dos danos materiais, a família sofreu lesões corporais. A médica perdeu a visão do olho direito, que já era afetado por uma doença degenerativa. A lesão grave foi causada por um estilhaço de vidro que se soltou do pára-brisa após o ataque. No outro olho, que não foi atingido, ela tem apenas 30% de visão.

Durante as agressões, o esposo da médica feriu o braço e o rosto, e um caco de vidro atingiu o olho da adolescente, que foi protegido pela lente de contato.

A médica resumiu a cena como assustadora. "Senti-me uma refugiada do Rio que veio parar no Iraque", compara. Carioca, a médica se mudou para Curitiba justamente em busca de segurança e paz há cerca de 10 anos. Ela descreveu o agressor como um homem com cerca de 50 anos, que usava um chapéu de caubói. Ele fugiu do local na seqüência.

A polícia já identificou dois suspeitos. Eles são pai (cerca de 50 anos) e filho (cerca de 20 anos). "Estamos aguardando os laudos periciais do Instituto Médico-Legal (IML), para confirmar a lesão corporal e os danos no veículo. Além disso, precisamos de fotos para fazer o reconhecimento dos suspeitos", afirma o superintendente do 1.º DP, Adolfo Rosevics Filho.

O policial disse ainda que o homem mais velho seria uma pessoa violenta, acusado em outros casos por ameaça, perturbação do sossego e outros delitos.

Por outro lado, a médica é uma cidadã exigente, que costuma procurar a polícia com freqüência para exigir seus direitos. "Ela tem outros boletins registrados" (mais de uma dúzia), segundo Rosevics. O marido da médica explicou que os boletins são fruto de relação de consumo e furtos sofridos pela esposa.

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