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O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) vai aplicar provas para todos os estudantes do último ano do curso de Medicina do estado. A prova será obrigatória a partir deste ano e quem não fizer o teste não poderá exercer a profissão. A decisão tem o apoio das principais escolas de Medicina do estado de São Paulo. As instituições, no entanto, fazem considerações sobre o modelo adotado e defendem uma avaliação nacional.

Diretores das faculdades de Medicina da Unicamp, Unesp, USP, UFSCar e Unifesp defendem a avaliação: dizem que ela é necessária porque será mais um mecanismo para que as instituições conheçam suas falhas e criticam a expansão de vagas nos cursos de Medicina – o governo federal anunciou 2,5 mil novas vagas.

O professor Mario Saad, da Unicamp, afirma que uma prova de múltipla escolha ao fim do curso pode não ser a melhor forma de avaliar se um aluno realmente aprendeu tudo o que deveria. "Nem sempre quem responde bem a um teste é quem melhor atende num hospital. O ideal seria existir um mecanismo de avaliação ao fim do 2.º, do 4.º e do 6.º anos, incluindo uma avaliação prática e uma prova discursiva".

Silvana Artioli Schellini, da Unesp, e Bernardino Geraldo Alves Souto, da UFSCar, dizem que os resultados serão uma ferramenta a mais para a melhoria do ensino. "A proposta é muito inteligente porque mantém o sigilo do aluno, não tem caráter punitivo e fornece os resultados por área para a faculdade", afirmou o professor Souto.

A prova existe há sete anos, de forma voluntária. Ao torná-la obrigatória, a intenção do Cremesp é ampliar a base de participação e assim ter um retrato mais fiel do problema.

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