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Médicos do Hospital Municipal Germano Lauck, em Foz do Iguaçu, distribuíram panfletos. Eles protestam por melhores salários e pela regularização dos contratos de trabalho | Christian Rizzi/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Médicos do Hospital Municipal Germano Lauck, em Foz do Iguaçu, distribuíram panfletos. Eles protestam por melhores salários e pela regularização dos contratos de trabalho| Foto: Christian Rizzi/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Mais de 40 médicos do Hospital Municipal Germano Lauck em Foz do Iguaçu, oeste do Paraná, deixaram seus postos de trabalho, nesta segunda-feira (1), para integrar um ato público, com a entrega de uma carta aberta à comunidade em uma das avenidas mais movimentadas da cidade.

O documento relata em resumo as reivindicações que vem sendo feitas desde a troca de administração no HM, quando tomou posse a Fundação Municipal. A troca foi feita após determinação do Ministério Público, que considerou inconstitucional a terceirização dos serviços.

O atraso nos salários, fruto do antigo contrato com a Organização Social Pró-Saúde (e hoje em negociação com a prefeitura) e a falta de contratos de trabalho, figuram entre os principais pontos de conflito. "O que a população precisa saber é que estamos trabalhando de maneira voluntária, sem contrato e sem receber", disse o médico José Luiz Bertolli.

Para continuar atuando os médicos necessitam de um novo modelo de contrato, no regime CLT e não mais como pessoas jurídicas. Mas, detalhes como escalas e ganho por produtividade precisam ser definidos separadamente com cada especialidade. Na noite de domingo (30) os médicos receberam por e-mail uma proposta para adoção do regime CLT, "mas nenhum documento oficial chegou às mãos dos médicos. Estamos sendo tratados dessa forma, mas não somos os vilões", disse Bertolli.

A paralisação dos serviços deve prosseguir por tempo indeterminado caso não haja nenhum aceno das partes envolvidas. A dívida com os médicos gira em torno de R$ 2,2 milhões e são referentes a dois meses de salários.

Medidas emergenciais como a contratação de médicos vindos de cidades como Pato Branco, Cascavel e Curitiba já estão sendo feitas, segundo a Fundação Municipal. "O atendimento não será prejudicado, teremos socorristas, urgência e emergência", garantiu o diretor jurídico da Fundação, Túlio Marcelo Denig. Para ele, a não assinatura dos contratos acontece devido a questões burocráticas. "Esperamos os médicos interessados em permanecer para assinarmos os contratos".

O HM conta com 132 médicos, e já foi considerado pela população como um dos serviços com maior qualidade e aceitação na região.

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