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Os médicos do Programa Saúde da Família (PSF) de Ponta Grossa entraram em greve na manhã desta segunda-feira (22) e continuarão até sexta-feira (26). A paralisação é por reajuste salarial, plano de carreira, depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e melhor estrutura para trabalhar. A metade das equipes do PSF não trabalhou nessa segunda-feira – 19 de 38 – e foi para frente da prefeitura protestar. A outra metade continuou trabalhando, pois a lei determina que 50% dos serviços essenciais continuem na ativa. A prefeitura de Ponta Grossa disse que dará uma resposta sobre as reivindicações em 15 dias.

O salário médio dos médicos é de R$ 1,5 mil, mas com as gratificações pode chegar a R$ 7 mil - para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. No entanto, o abono não é computado na aposentadoria e nem em outros benefícios. A categoria quer que os R$ 7 mil passem a ser pagos para uma jornada de 20 horas.

Os médicos também reivindicam que o fundo de garantia seja depositado, o que não acontece porque o valor não é recolhido de nenhum servidor municipal. Outra questão que motivou a greve foi a falta de medicamentos básicos nos postos de saúde.

O delegado do Sindicato dos Médicos de Ponta Grossa, Marcos Romero, disse também que alguns médicos estão sobrecarregados. "O programa estabelece uma equipe para cada grupo de 4,5 mil moradores, mas há postos que atendem 16 mil habitantes", afirmou em entrevista ao jornal Gazeta do Povo.

Segundo Romero, a prefeitura da cidade investe apenas R$ 7 mil dos R$ 627 mil que são gastos mensalmente no PSF, pois os R$ 620 mil são recursos do Ministério da Saúde.

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