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Os cerca de 600 médicos que atendem nos oito Centros Municipais de Urgências Médicas de Curitiba (CMUMs) decidiram por entrar em greve a partir do dia 21 de novembro se não tiverem aumento de R$ 34 a hora trabalhada para R$ 60 a hora. A decisão foi tomada em assembléia organizada pelo Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) na noite desta quinta-feira (26).

Durante a tarde, a prefeitura da capital informou que buscaria medidas legais para evitar a paralisação do atendimento de urgência na cidade. O Sindicado dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná (Sindipar), que representa as entidades que contratam os médicos para prestar serviços de saúde ao município, informou através da assessoria de imprensa que aguardaria o resultado da assembleia para se manifestar oficialmente, o que pode acontecer nesta sexta-feira (27).

A diretora do Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar), Cláudia Paola Aguilar, explicou que até às 21 horas desta quinta-feira 26 delegados haviam votado e, por unanimidade, decidiram pela paralisação. A votação encerra às 22h da noite. Segundo ela, a greve foi marcada para o fim de novembro para dar tempo de organizar a paralisação e dar tempo para a prefeitura e o Sindipar atenderem as reivindicações. "Se a gente tiver uma proposta boa a gente suspende a greve. Para nós, eles devem pagar R$ 60 a hora e dar o adicional por plantões nos domingos e feriados", declarou. Além disso, os médicos pedem vale-alimentação e mais seguranças nos CMUMs.

Negociação

A tentativa de chegar a um acordo sobre o reajuste do valor da hora trabalhada dos médicos se arrasta desde o início do ano. Em agosto, a categoria entrou em estado de greve e uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR)suspendeu a paralisação. Na época, foi acertado um aumento de R$ 28 para R$ 34 na hora trabalhada e o compromisso debater um novo aumento para até R$ 42 a partir de 2012.

Os médicos são contratados por quatro hospitais de Curitiba e prestam serviços à prefeitura da capital, nos centros de urgência. Por isso, a negociação entre o Simepar acontece diretamente com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (administradora do Hospital Cajuru), a Fundação da Universidade Federal do Paraná, o Hospital Evangélico e o Hospital Cruz Vermelha.

A secretaria de Saúde acompanha a negociação para evitar que a população da cidade possa ser prejudicada por uma possível paralisação. "Vamos estudar medidas legais para evitar a paralisação do atendimento de urgência (na cidade)", disse a superintendente de gestão da secretaria, Anna Paula Penteado. Ela informou que a prefeitura trabalha junto com o Sindipar para encontrar uma solução e cumprir o acordo de pagar R$ 42 a hora a partir de 2012.

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