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Sindicatos pelo Brasil convocaram para hoje um dia nacional de protesto contra o Mais Médicos, programa do governo federal que tem trazido profissionais estrangeiros para atuar no país. Estão previstas paralisações parciais do atendimento nos Estados, além de marchas e protestos nas ruas. A mobilização ocorre no mesmo dia em que a medida provisória do programa Mais Médicos entra na pauta de votação da Câmara dos Deputados.

A manifestação foi convocada pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), com apoio dos sindicatos estaduais. Em uma "carta de alerta à população brasileira", a Fenam chama o programa de "grande farsa" e afirma que ele é "de cunho circunstancial e coincidente com o período das eleições de 2014".

As principais críticas da categoria são à dispensa da exigência de revalidação dos diplomas dos estrangeiros e à inexistência de direitos trabalhistas para os profissionais que participam do programa, que oferece uma bolsa de R$ 10 mil, sem contrato de trabalho. A Fenam afirma reunir 53 sindicatos médicos.

Aula inaugural

Os médicos formados no exterior selecionados na segunda etapa do programa Mais Médicos tiveram ontem a primeira aula do curso de três semanas sobre o funcionamento do sistema de saúde do Brasil e língua portuguesa. São 2.180 médicos, dos quais 2 mil cubanos e 180 de outras 23 nacionalidades, inclusive 55 brasileiros formados no exterior.

Ao fim do curso, eles serão avaliados para saber se estão aptos para participar do programa. Depois, terão que obter o registro profissional para poder trabalhar – o que tem sido o principal obstáculo. Segundo o Ministério da Saúde, dos 681 profissionais selecionados na primeira etapa, cerca de 50% ainda não conseguiram obter o registro nos conselhos regionais de medicina (CRMs). Oito CRMs, incluindo os de Rio de Janeiro e São Paulo, não emitiram nenhum registro sequer.

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