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A Mega da Virada será sorteada às 20h25 (horário de Brasília) desta terça (31), em São Paulo. | Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo
A Mega da Virada será sorteada às 20h25 (horário de Brasília) desta terça (31), em São Paulo.| Foto: Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo

A Caixa Econômica Federal divulgou no fim da tarde desta terça-feira (31) o valor principal da Mega-Sena da Virada, que ficou em R$ 224.677.860,07, quantia superior à estimativa inicial de R$ 200 milhões.

O sorteio das seis dezenas do concurso 1.559 acontece a partir das 20 horas (horário de Brasília) em São Paulo (SP), com transmissão ao vivo pelos principais canais da tevê aberta.

As apostas começaram no dia 11 de novembro e o total arrecadado foi de R$ 758.218.978,00. Desse valor, R$ 246 milhões foram arrecadados entre esta segunda e terça-feira, os dois últimos dias de captação de apostas.

Ao todo, foram vendidos 104.165.456 bilhetes. O valor do prêmio é o maior do ano sorteado pelas Loterias da Caixa, mas não supera a quantia paga pela Mega-Sena da Virada de 2012, quando três pessoas dividiram o prêmio recorde de R$ 244,7 milhões.

O prêmio da Mega da Virada não acumula. Caso não haja ganhador com as seis dezenas sorteadas, o valor será dividido entre os acertadores de cinco números, e assim sucessivamente.

O que fazer com tanto dinheiro?

Mesmo que o prêmio saia para mais de um apostador, não vai faltar dinheiro. Com essa montante, o apostador pode investir e viver na tranquilidade somente com os seus rendimentos. Para saber quais são as melhores opções do mercado para multiplicar os ganhos, a Gazeta do Povo conversou com dois economistas especializados em finanças pessoais para saber o que eles fariam se recebessem o prêmio.

Mapa do tesouro

Tanto para o fundador do site Dinheirama.com e autor do livro Dinheiro é Um Santo Remédio, Conrado Navarro, quanto para o professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e consultor de Finanças Pessoais do Itaú, Jurandir Sell Macedo, não há dúvidas de que o melhor caminho para o investidor é comprar os títulos da dívida pública do Governo Federal.

As Notas do Tesouro Nacional (NTN) podem ser adquiridas diretamente do site do Tesouro Nacional ou por meio de qualquer agência bancária. "Investir nos papeis do governo não apresenta riscos, porque o governo pode imprimir dinheiro a qualquer hora", afirma Conrado, ao ilustrar a segurança em optar pelos títulos.

De acordo com os dois economistas, as NTN da chamada série B pagam uma porcentagem em torno de 6,5% ao ano de juros em cima do valor investido, mais a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) durante o período. "Isso significa que eu teria disponível para gastar pouco mais R$ 1,05 milhão mensais corrigidos pela inflação", disse Jurandir, que investiria nos papéis com vencimento em agosto de 2050, já que ao comprar os títulos, o investidor faz na verdade um empréstimo ao Governo Federal para pagar as dívidas públicas, o que garante ao investidor a devolução do total do montante – no caso, de R$ 200 milhões – até o fim do período definido.

"Como luxo, gostaria de contratar um grande cozinheiro especializado em pescados para preparar minhas refeições. E certamente viajaria mais e iria na primeira classe dos aviões. Mas de forma alguma pararia de trabalhar", brinca Jurandir.

Uma questão de perfil

Já Conrado ressalta que antes de o sortudo pensar em como fazer render o seu rico dinheirinho, é preciso considerar também em qual perfil de investidor ele se encaixa melhor. "Os perfis variam de acordo com a idade e a aversão ao risco", disse ele.

O economista afirma que para os sortudos com mais idade e que já não estão mais tão dispostos a arriscar, o melhor é escolher investimentos mais conservadores, como os Certificado de Depósito Bancário (CDBs), oferecidos pelos bancos. Por outro lado, para os mais jovens, não há porque não arriscar um pouco mais: "Como eles têm um horizonte de construção de patrimônio, eles podem e devem ariscar mais e optar pelas opções em prazo longo", disse Conrado, que cita entre as escolhas mais rentáveis os títulos públicos.

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