Brasília A maior operação de segurança policial desde a Eco-92 será posta em prática no Rio de Janeiro daqui a duas semanas, quando a cidade receber a 75.ª Assembléia Geral da Interpol (consórcio de polícias nacionais de 184 países). Planejando o evento desde a sua confirmação, no ano passado, a Polícia Federal mapeou 642 bolsões de criminalidade que podem causar problemas.
Até sexta-feira, 528 integrantes de polícias internacionais haviam confirmado a participação, de 19 a 22 de setembro, no Forte de Copacabana. Barcos da PF patrulharão a costa. Helicópteros ficarão em alerta. Rotas de fuga e intensificação do policiamento nos hotéis onde as delegações se hospedarão já foram providenciados. Quase mil policiais federais protegerão os convidados.
O aparato de segurança vai servir de ensaio para a movimentação de estrangeiros durante os Jogos Pan-Americanos de 2007, que ocorrerão na cidade em julho.
A PF teme, até mesmo, terrorismo. "Se disser que o terrorismo não me preocupa estarei mentindo. É um evento que traz muita visibilidade ao país, afirma Alberto Lasserre Kratzl Jr., 59, chefe do escritório central da Interpol no Brasil.
A preocupação se justifica porque entre os convidados estão policiais norte-americanos, ingleses, franceses e de outros países que investigam o terrorismo e que promovem a caça diária ao saudita Osama bin Laden, acusado de organizar os atentados terroristas de 11 de Setembro, em 2001, contra os Estados Unidos.
Outros temas alvos de discussão pelos convidados serão crime organizado, tráfico de drogas e de pessoas, pedofilia na internet, crimes financeiros e combate à corrupção. Os encontros dos delegados internacionais ocorrerá a portas fechadas, quando se espera que tracem diretrizes e compartilhem informações. A Interpol também desenha um cenário sobre os desafios das polícias nacionais para os próximos anos.
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