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Para enfeitar -Na decoração de Natal de várias cidades, as garrafas brilhantes e coloridas estão presentes. Também em artesanatos e artigos de enfeite para a casa. Trabalhadas com criatividade e bom gosto, não ficam com cara de lixo reutilizado | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Para enfeitar -Na decoração de Natal de várias cidades, as garrafas brilhantes e coloridas estão presentes. Também em artesanatos e artigos de enfeite para a casa. Trabalhadas com criatividade e bom gosto, não ficam com cara de lixo reutilizado| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
  • Mais barato -As vassouras de palha piaçava estão sendo substituídas por utensílios feitos com PET. Priscila Arruda, bióloga e coordenadora do departamento ambiental da Holding Higi Serv, conta que as vassouras de material reciclável custam cerca de 70% a mais, contudo duram cinco meses, contra um mês das convencionais
  • Em vários lugares -A garrafa PET, em novo formato, reaproveitado, pode estar onde você menos espera. Você pode até dormir sobre ela. Cada colchão fabricado pela Trisoft retira de circulação 1.260 garrafas PET. Há ainda bicicleta, prancha de surfe, pufe, aquecedor solar e outras várias aplicações para as embalagens
  • Uso ambiental -Um projeto premiado da ONG SPVS no litoral do Paraná usa as garrafas como colmeias provisórias. A embalagem é coberta com lona e pendurada em uma árvore. Quando as abelhas se instalam, a garrafa é retirada e os insetos são deslocados para uma casinha de madeira
  • Menos boias -Basta uma enchente para o problema do despejo de lixo em local inadequado aparecer. E fica visível em bueiros e rios na forma de PETs boiando. São capazes de inflar os números de reciclagem de PET a expansão da coleta seletiva de lixo em mais cidades e a logística reversa (em que o fabricante se responsabiliza por recolher o produto com cliente e dar destinação correta, a ser exigida por lei a partir de 2014)
  • De vestir -A indústria têxtil usa a massa do produto limpo, moído e processado para fabricar finos fios que são incorporados na tecelagem. Na empresa Higi Serv, por exemplo, os uniformes contêm resíduos de garrafas PET. E, com o fim da vida útil da roupa, o ciclo não termina. Retalhos viram colchas, almofadas e ecobags em projetos sociais

A expressão "fei­­ta com garrafas PET" resulta em mais de 500 mil citações no Google. Não é para menos: proliferam os mais variados tipos de reciclagens e reaproveitamentos a partir dessa embalagem plástica. De trabalhos escolares à matéria-prima na indústria de tecelagem, passando por uma série de projetos inusitados e criativos, a garrafa PET está no topo da lista dos materiais recicláveis mais usados.

Na semana passada, um dos principais prêmios voltados ao estímulo de iniciativas universitárias sagrou vencedor um projeto baseado em garrafas PET. O Instituto 3M deu a vitória a um espaço piloto que avalia o conforto térmico de construções feitas com materiais recicláveis. Comprovada a viabilidade da empreitada, os estudantes pretendem que o modelo de obra seja aplicado em assentamentos e conjuntos habitacionais.

Vantagens

Firme e ao mesmo tempo moldável, o plástico da garrafa PET se adapta com facilidade a um enorme número de projetos. Em comparação com outros materiais, tem a vantagem de ser limpo. Mesmo o baixo valor de mercado, que é um empecilho para que a reciclagem do plástico seja ainda maior – ao contrário do que ocorre com as latinhas de alumínio, por exemplo – acaba sendo uma vantagem para os empreendedores que decidem dar outras utilidades para as garrafas PET.

Há ambientalistas que torcem o nariz para os projetos com as embalagens plásticas, por acreditarem que o processo apenas adia a destinação final do produto e que o necessário mesmo é reduzir o uso. Mas a reciclagem de garrafas PET tem aumentado muito mais do que a produção das embalagens. Enquanto a quantidade do plástico especial – politereftalato de etileno, origem da sigla PET – cresceu 91% em uma década na indústria, o montante reciclado subiu 230% no mesmo período.

O executivo de relações com o mercado da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), Hermes Contesini, comenta que, além de mais iniciativas de reciclagem, o desenvolvimento de técnicas eficientes na produção reduziram a quantidade aplicada de plástico no processo fabril primário.

A estimativa da Abipet é de que a embalagem seja o segundo ou terceiro material mais reciclado no Brasil. O dado mais recente, de 2011, indica que a reciclagem chega a 57,1% (294 mil toneladas) do total produzido ao ano (515 mil toneladas). Atualmente, com faturamento de R$ 1,2 bilhão, a reciclagem responde por mais de um terço de todo o faturamento da indústria do PET no Brasil. Como não pode ser usada na indústria alimentícia depois de reproveitada, a garrafa PET migra para outros setores fabris. O mercado têxtil é o principal destino, com 40% de tudo o que é reciclado. Mas ainda sobram garrafas para os trabalinhos escolares.

Reaproveitamento

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