O embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, chefe da delegação brasileira na Rio+20, disse no domingo que o novo rascunho apresentado pelo Brasil na noite de sábado ajudou as negociações e o documento-base da conferência deverá mesmo ser fechado até a noite desta segunda-feira, antes da chegada dos chefes de Estado na quarta-feira. Ele não quantificou quanto do texto (de 50 páginas) já foi acordado, mas disse que foram feitos avanços significativos sobre um grande número dos 287 parágrafos do texto.

CARREGANDO :)

"Não deixaremos nada para os chefes de Estado negociarem", afirmou Figueiredo. "Claro que só acaba amanhã (hoje), mas o caminho está aberto para um bom acordo final. Conseguimos eliminar vários complicadores e descobrimos que há outros, que estamos eliminando também."

Entre os temas mais polêmicos, o que mais avançou no sentido de um consenso, segundo ele, foi o do fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Já está decidido que ele não será transformado em uma agência especializada com poderes deliberativos, nos moldes da Organização Mundial do Comércio (OMC), como queriam alguns países. O texto apresentado pelo Brasil propõe lançar um processo de fortalecimento do Pnuma dentro da ONU, mas não faz menção a transformá-lo em agência. "É um sinal claro de que o Pnuma não sairá desta conferência do mesmo jeito que entrou", disse Figueiredo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Publicidade
Veja também
  • Em discurso na Rio+20, Dilma cobrará ação imediata
  • Alto escalão da Rio+20 terá 94 chefes de Estado, diz Dilma
  • Líderes se unem contra a pobreza
  • Chefes de Estado e de Governo vão receber documento conclusivo na Rio+20
  • Texto da Rio+20 não mostra desejo de provocar mudanças radicais, diz ex-representante da ONU