Menina de 10 anos que morava em casa de passagem é morta

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Uma menina de 10 anos foi encontrada morta em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, na madrugada desta quarta-feira (19). Ela e o suspeito de ter cometido o crime, um adolescente de 16 anos, moravam em uma casa de passagem voltada a jovens órfãos ou que passam por questionamentos da guarda de pais e responsáveis em processos judiciais. A garota foi esfaqueada 10 vezes. O rapaz está apreendido na Delegacia de Pinhais e já teria confessado o crime.

No depoimento prestado à polícia, o rapaz disse ter sido orientado por um espírito do mal e que a menina havia criticado o irmão dele. Segundo o delegado Geraldo João Celezinski, da Delegacia de Pinhais, que está à frente da investigação, a menina arrumou a cama com travesseiros para parecer que estava dormindo e fugiu da instituição na noite de terça-feira.

O rapaz, ainda segundo o delegado, foi atrás dela com uma faca. Ele voltou de madrugada e foi visto lavando a faca suja com sangue. Os responsáveis pela casa foram avisados e chamaram a polícia por volta das 3h.

A vítima já morava há oito meses na casa. Ela era órfã de pai e mãe e vivia com uma tia, mas foi encaminhada para a casa porque sofria maus tratos. Já o suspeito morava no local há seis meses. O Ministério Público determinou a ida dele para a casa porque ele já tinha ameaçado o padrasto, que resultou em um termo circunstanciado.

A prefeitura de Pinhais e uma associação cristã, que administram a casa, abriram processo administrativo para ver se houve algum tipo de negligência para que ocorresse o crime. A casa tem espaço para 15 jovens, e no momento havia apenas oito moradores.

O relatório da PM diz que, após buscas, o corpo foi encontrado em um terreno abandonado da rua Graça Aranha, mas não há detalhes sobre onde o crime teria ocorrido.

O Conselho Tutelar da cidade informou que recebeu a notícia e que todos ficaram chocados com o caso. Uma das conselheiras de plantão disse que está em busca de informações para poder saber como o órgão vai atuar no caso.