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Uma menina de 6 anos foi assassinada com um tiro na cabeça enquanto ocupava a garupa de uma moto, na tarde de ontem, no Bairro Alto, em Curitiba. O condutor do veículo e tio da criança também morreu baleado. Segundo testemunhas e a polícia, o crime teria sido um acerto de contas e a vítima conhecia o assassino. Um morador do Bairro Alto, suspeito de ser o autor do homicídio, chegou a ser preso pela Polícia Militar, mas foi liberado ainda ontem.

O crime ocorreu por volta das 15 horas, na esquina das ruas Ada Macaggi e Marco Polo. Edeson Pedroso da Silva, 48 anos, voltava do trabalho para casa de motocicleta, como fazia todos os dias. Ele carregava na garupa o filho de 8 anos e a sobrinha Nicole Skoreki Bueno dos Santos, 6 anos. Faltando duas quadras para chegar à sua casa, Silva foi abordado por um motoqueiro usando capacete amarelo, que fez vários disparos. O guardador de carros levou um tiro na cabeça e três nos ombros, e faleceu no local. Uma quinta bala atingiu a cabeça de Nicole. A menina foi socorrida pelo Siate, mas morreu ao dar entrada no Hospital Cajuru. O filho de Silva não sofreu ferimentos. O motoqueiro fugiu sem levar os pertences da vítima.

Silva e a mulher ganhavam a vida como guardadores de carros do estacionamento do Detran, no bairro Tarumã. Ele havia buscado Nicole e o filho numa creche, por volta do meio-dia, e os levou para o trabalho, onde os três ficaram até pouco antes das 15 horas, quando voltavam para a residência do guardador, na Rua Marco Polo. Silva morava em uma casa alugada com a mulher e três filhos. A família havia se mudado para o local há um mês, vindos da Vila Trindade, no bairro Cajuru.

Dívida

O casal tomava conta de Nicole durante o dia, enquanto os pais da menina trabalhavam. Segundo duas testemunhas, o guardador de carros pode ter sido morto porque devia dinheiro. "Ele havia comprado a moto e um carro e não tinha pago ainda", disseram dois moradores da região. Silva também seria ex-agente penitenciário do Presídio do Ahú, em Curitiba, segundo uma dessas testemunhas, mas a informação não foi confirmada pela polícia. Outros três moradores das redondezas afirmaram que a vítima não tinha problemas com ninguém na área. "Ele era trabalhador e, até onde sabemos, nunca incomodou ninguém", disse um vizinho.

A esposa de Silva, Jacira Breme dos Santos, 39 anos, estava muito abalada com as mortes do marido e da sobrinha. A mulher negou que o guardador de carros tivesse alguma desavença. "Meu marido não sofria ameaças. Não sei por que o mataram", afirmou. A mulher disse ainda, no depoimento à polícia, que Silva já esteve preso por três anos. A polícia não informou o crime pelo qual ele foi condenado. Os pais de Nicole não foram localizados pela reportagem. A Delegacia de Homícidios está investigando o caso.

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